Fontes do governo federal apontam como dor de cabeça o controle dos preços de cinco alimentos que subiram fora da expectativa do mercado. Laranja, café, açúcar, óleo de soja e carne, são os cinco itens que encabeçam a lista de preocupações do governo quando o assunto é preço, segundo quadros da Esplanada dos Ministérios informaram à CNN Brasil.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (27) indicou que 57% dos brasileiros percebem alta nos preços dos combustíveis e 62% nas contas de água e luz, enquanto a maioria, somando 83%, viram alta maior foi nos preços dos alimentos nos supermercados e feiras.
Diante do cenário, o presidente Lula espera uma segunda reunião entre ministros, supermercadistas e atacadistas esta semana.
A bateria de reuniões está servindo para o governo ouvir sugestões dos setores econômicos sobre o cenário e buscar caminhos para reduzir os preços de alimentos no país rapidamente.
“Os cinco itens, todos de consumo popular, estão entre os alimentos que mais encareceram em 2024, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, observou a CNN.
O governo sabe que a variação no preço destes alimentos tem relação direta com a alta do dólar, tendo em vista que o Brasil exporta os cinco itens. Com a valorização cambial da moeda norte-americana, os produtores se sentem mais estimulados à exportação do que fortalecer o mercado interno, o que eleva os preços para o consumidor nacional.
Na semana passada, o governo indicou que pretende reduzir as alíquotas de importação de alguns produtos comestíveis para tornar mais acessíveis alguns alimentos para a população brasileira. O motivo da tensão é porque a inflação dos alimentos se tornou um ponto de desgaste para o governo Lula nos últimos meses.
No final de semana, em vídeo compartilhado pela primeira-dama Janja da Silva, Lula aparece entre os canteiros da horta da Granja do Torto, residência oficial do presidente, falando sobre o contexto das reuniões.
O presidente explica que a alta do dólar influencia o preço da soja, da carne, do milho, e de outros produtos que o Brasil exporta, “mas também tem que lembrar do fogo, da falta ou excesso de chuva e da capacidade de compra que, na hora em que aumenta a demanda e o povo pode comprar mais, os vendedores aumentam o preço, e quando eleva o preço, vem o risco da inflação”, sublinhou.
O presidente destacou que está decidido a garantir alimentos mais baratos. “Vamos fazer muitas reuniões com atacadistas, donos de supermercados, e com produtores para que a gente encontre uma solução e a comida chegue mais barata de acordo com seu poder de compra”.