23 de dezembro de 2024
Pesquisa • atualizado em 23/01/2023 às 14:50

Preço do aluguel no Jardim Goiás e Marista só perde para cidades paulistas

O valor da locação nos dois bairros custa cerca de 70% a mais do que em outras regiões de Goiânia
O valor da locação nos dois bairros custa cerca de 70% a mais do que em outros bairros da capital. (Foto: Divulgação)
O valor da locação nos dois bairros custa cerca de 70% a mais do que em outros bairros da capital. (Foto: Divulgação)

Quem mora de aluguel em Goiânia economiza bem mais do que nas principais cidades brasileiras, aponta a pesquisa FipeZap, que analisa os preços em 25 cidades do país, sendo 11 capitais. A capital goiana tem preço médio de aluguel de R$ 25,21, segundo dados de novembro, o que a coloca na 7ª posição mais acessível. Analisando somente as capitais, é a segunda mais barata, ficando na frente apenas de Fortaleza (CE).

Porém, se o bairro for o Jardim Goiás ou Marista, a história muda radicalmente de lado. Os valores, comparados às demais cidades pesquisadas, sobem para a terceira posição no ranking das locações residenciais mais caras, perdendo apenas para Barueri (SP) e a própria capital paulistana. No Jardim Goiás, o aluguel custa R$ 43,6 o metro quadrado, o que corresponde a 72,94% acima do preço médio em Goiânia. Já no Setor Marista, o metro quadrado da locação está em R$ 42,4 – 68,18% a mais que a média da cidade.

A diretora comercial de uma construtora de Goiânia, Gyselle Campos, explica que a valorização da locação nesses bairros se dá pelo fato de eles unirem, de forma harmônica, três pilares desejados pelos clientes: qualidade, conforto e comodidade. “São bairros com facilidade de acesso a bares, shoppings e restaurantes, infraestrutura para esporte e lazer, com parques próximos. Considero que são bairros que proporcionam uma vida mais prática e dinâmica, ao mesmo tempo em que podem contribuir para a qualidade de vida de quem opta por eles”, afirma.

A especialista conta que esses bairros atraem um público diverso, que buscam imóveis de todos os tamanhos. “Temos a procura por imóveis pequenos e grandes. O público que busca os imóveis menores, geralmente, são executivos, pessoas que buscam independência e espaço, que estão em processo de separação, querendo conforto e praticidade. Essas pessoas costumam, inclusive, optar por locais já mobiliados”, detalha.

Já o público que busca por imóveis maiores são famílias que desejam melhorar a logística de trabalho e da escola dos filhos, que desejam mais conforto, mudar para prédios mais novos, casais que estão aumentando a família. “Nesse caso, a procura é por prédios com área de lazer completa, varanda gourmet, projetos mais integrados, armários de bom gosto, acabamento de qualidade e alto padrão”, detalha a especialista.

Lançamentos para atender a demanda

Justamente para atender a demanda crescente, os compactos de luxo são os empreendimentos que têm sido lançados nesses bairros para preencher uma lacuna. Nesses setores, predominam os lançamentos de unidades maiores, mas a demanda para imóveis menores têm aumentado. “Os compactos de luxo são completos em serviços e oferecem acabamento de alto padrão, equiparando-se aos demais residenciais do bairro”, observa.

Outra tendência dos bairros é a instalação de mixed-uses, empreendimentos que unem residencial, corporativo e serviços, voltados ao público single, executivo e casais sem filhos, outro público que normalmente faz uso da locação.

“Esse movimento está mais consolidado no Setor Jardim Goiás, onde já foram entregues grandes mixed-uses e agora está chegando ao Marista para atender a um estilo de vida que proporcione maior comodidade, conforto, praticidade, dinamismo, lazer e entretenimento. É uma tendência”, completa.


Leia mais sobre: / Economia