Nesta segunda-feira (1), pré-candidatos a prefeito de Goiânia convidados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) foram sabatinados e logo em seguida, assinaram termo de compromisso relativo ao plano de desenvolvimento “Goiânia 2033 – O Centenário”, entregue aos prefeitáveis nos dias 14, 15 e 18 de junho. O documento contém indicadores sobre a cidade. O objetivo é fazer com que Goiânia esteja no centenário da cidade, entre as 10 melhores cidades para viver no país.
“O plano de governo dos candidatos precisa contemplar efetivamente o que será feito pela nossa sociedade. O que temos esperança é nisso, colocar nosso projeto de Goiânia 2033 a tempo de ser contemplado neste plano de governo. Que a gente possa acompanhar a efetividade do plano de governo como um todo, apoiando aquilo que seja positivo para Goiânia”, destacou o presidente do Codese, Renato de Sousa Correia.
O primeiro a assinar o termo foi o pré-candidato do PSB, Vanderlan Cardoso. Ele argumenta que o documento apresentado pelo Codese compõem pelo menos 80% de qualquer plano de governo.
“Com certeza, dede o primeiro momento que eu tive acesso, até mesmo antes de receber o documento em uma visita que tive deles no diretório do partido, já incorporei a ideia, os projetos e a maioria dos pontos que estão ali, são pontos que eu defendo e já foram implantados em Senador Canedo, quando administrei aquela cidade. Eu posso garantir pra vocês que pude ter acesso a tudo que foi colocado com muitas discussões. Creio que ali está 80% do plano de governo de qualquer candidato”, afirmou.
A pré-candidata do PT, Adriana Accorsi ressaltou que um ponto positivo do trabalho feito pelo Codese é que ajuda a pensar no planejamento da cidade.
“Eu acredito que é uma iniciativa que se refere a planejamento, a pensar no futuro da cidade, a pensar nas pessoas. Da nossa parte entendemos que queremos trabalhar todos os pontos juntos. Faremos o compromisso. Podemos fazer parcerias a partir dos estudos. Algumas ações propostas já estão no nosso plano de governo. Isso mostra um união de propósitos por um desenvolvimento sustentável”, argumentou.
O pré-candidato a prefeito de Goiânia, Luiz Bittencourt entende que a sociedade civil organizada dá um passo à frente, à medida que contribui para a gestão da cidade.
“No momento eleitoral, os candidatos apresentam as propostas inexequíveis. Tudo pode ser feito, tudo pode fazer. Eu digo que quando você não sabe onde chega, não existe piloto que te leva lá. Existe uma visão de planejamento específico para cada as áreas, principalmente nas que Goiânia tem uma vocação mais importante na área econômica, colocando a cidade numa visão de protagonismo no cenário nacional. A sociedade civil organizada dá um passo à frente, construindo um documento que possa ajudar na governança da cidade”, ressaltou.
Francisco Júnior, pré-candidato pelo PSD avalia que as propostas a apresentadas ajuda a permear no segmento político a necessidade de se pensar medidas para serem adotadas a médio e longo prazo.
“Geralmente, o poder público tem dificuldade de fazer qualquer planejamento a médio e longo prazo. Você sempre tem uma eleição no meio. E lamentavelmente muita coisa se perde no meio do caminho. O que o Codese propõe é que se tenha um compromisso de agora por diante, por isso que o projeto trabalha até 2033, que você tenha uma continuidade, aquilo que é basilar, que é fundamental na gestão, que comece a ser adotado em Goiânia e comece a ser respeitado pelas próximas gestões”, avaliou.
Discordância
Os pré-candidatos Delegado Waldir (PR) e Bruno Peixoto (PMDB) assinaram o termo de compromisso, mas discordaram de alguns pontos.
O Delegado Waldir entende que algumas propostas não são possíveis de serem executadas. “Algumas ações não são autoaplicáveis, que dependem de recursos. Eu quero saber qual a proposta do Codese para algumas finalidades. Nós temos que tratar em conjunto com a região metropolitana, é esta a nossa pretensão e ver as fontes de financiamento. Não podemos usar a demagogia para assinar o documento e depois não ter fonte para cumprimento”, analisou.
“Já Bruno Peixoto discorda da proposta relativa a concessão de rodovias. “Eles querem que o prefeito de Goiânia defenda a privatização das rodovias. Eu sou contra. Eu entendo que toda rodovia duplicada com recurso público não deve ser pedagiada. Pode ser pedagiadas as rodovias a serem duplicadas. A iniciativa privada duplica e, aí sim, instala o pedágio. O que não dá é para duplicar com dinheiro público e depois pedagiar. Aí seria pagar impostos duas vezes. Sou contra esse sistema. Acho que sim, pedagiar concordo desde que a iniciativa privada duplique depois cobre, não pode sequer ser cobrado antes”, afirmou.
O documento “Goiânia 2033: o Centenário” é discutido há um ano por empresários, especialistas de diversas áreas, associações e representantes da sociedade civil. O livro é delineado em 12 eixos que permitem colocar Goiânia entre as melhores cidades do país em qualidade de vida. Os estudos e propostas foram sugeridos por membros de 11 câmaras técnicas, cada uma com foco em diferente área de desenvolvimento da cidade.
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