21 de dezembro de 2024
Política

Pré-candidatos a prefeito da capital debatem Plano Diretor

Francisco Júnior foi um dos pré-candidatos que participaram da audiência. Foto: Reprodução.
Francisco Júnior foi um dos pré-candidatos que participaram da audiência. Foto: Reprodução.

A Câmara Municipal de Goiânia realizou nesta quinta-feira (9), audiência pública virtual, em que pontos do projeto de atualização do Plano Diretor foram debatidos. A atividade teve participação de pré-candidatos a prefeito da capital: Major Araújo (PSL), Adriana Accorsi (PT), Eduardo Prado (DC), Virmondes Cruvinel (Cidadania), Francisco Júnior (PSD) e Paulinho Graus (PDT), que inseriram no debate do projeto. 

O debate foi realizado de forma virtual, em virtude da necessidade de isolamento social, evitando aglomerações, como forma de conter o avanço do novo coronavírus. A Câmara não deve acatar recomendação para suspender o andamento do projeto, pelo fato de nem todas as pessoas terem acesso à participação via internet, ponto muito criticado pelos vereadores.

O deputado federal Francisco Júnior argumentou que a capital tem perdido oportunidades de desenvolvimento para outras regiões. Ele disse que a cidade tem fechado portas, como a industrialização e aproveitamento da cadeia econômica.

“O conceito da cidade administrativa pode ser melhor pensado, as atividades possíveis na cidades, aliando desenvolvimento e sustentabilidade. Estamos a poucos quilômetros de um Porto Seco, gerar desenvolvimento, mas sem gerar poluição, mas de forma planejada”, afirmou Francisco Júnior.

Na linha de Francisco Júnior, o pré-candidato do PDT, vereador Paulinho Graus sugeriu a alteração dos graus de incomodidade, para que empresas que tem encontrado dificuldade de atuar em Goiânia, não acabem migrando para as demais cidades da Região Metropolitana da capital, que já contam com polos de desenvolvimento econômico.

Adriana Accorsi relatou um ponto que foi explorado na campanha eleitoral de 2016 e que deve ser novamente colocado com ênfase, que é a inclusão social. Adriana ainda criticou o sistema de transporte, que em tempo de pandemia tem causado riscos de disseminação do coronavírus.

“A Câmara tem promovido o debate democrático da cidade. Vivemos numa cidade excelente, mas que pode melhorar muito. Precisamos investir na inclusão social, somos uma das capitais mais desiguais do Brasil. O transporte público é um grande drama, trabalhadores necessitam deste transporte, é uma grande crueldade o que está acontecendo com essas pessoas na pandemia”, argumentou.

Já Virmondes Cruvinel (Cidadania) também citou que foi vereador da capital e participou da elaboração do atual Plano Diretor, aprovado em 2007. “Nosso trabalho é focado em Goiânia, a discussão passa pelo Plano Diretor e é importante termos as informações técnicas”, disse o deputado estadual.

O deputado estadual Eduardo Prado que foi vereador nos dois primeiros anos da atual legislatura disse que além da questão relativa à Segurança Pública, há outros pontos que considera críticos, como a Expansão Urbana, a viabilização de um Anel Viário e a drenagem de Goiânia.

Major Araújo relatou que foi vereador por 4 meses, assumindo a função na condição de suplente. Ele argumentou que no Plano Diretor seria importante o setor da Segurança Pública ser ouvido para avaliar impactos de segurança. O deputado estadual argumentou que há construção de novos empreendidos e levam em conta diversos aspectos, mas desconsideram os potenciais riscos na área de segurança.

 “O setor da segurança pública deveria ser ouvido no Plano Diretor, nos novos bairros, prédios residenciais, como isso vai impactar na violência da nossa cidade. Que tipo de impacto vai trazer? Acho que essa seria uma grande contribuição do Plano Diretor. O Plano traz questões sobre a mobilidade, ordenamento urbano, mas falta um detalhamento sobre a Segurança Pública”, relatou Major Araújo.


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