A medida visa impedir que obras do Poder Municipal retalhem o local para prolongamento das avenidas que circundam a área.
A justiça estadual determinou o tombamento como patrimônio histórico de Goiânia da Praça do Cruzeiro. A praça foi construída em 1947, tem o nome de Comendador Germano Roriz.
A decisão é da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que seguiu, à unanimidade, o voto do relator do processo, o juiz substituto em segundo grau Delintro Belo de Almeida Filho.
Na decisão, o relator defendeu a preservação do local para a presente e para as futuras gerações. “A Praça do Cruzeiro está localizada num dos bairros mais antigos desta capital, cujo projeto era revolucionário na época de sua construção e representa a memória cultural que norteou a construção de Goiânia”.
Na década de 40, o planejamento arquitetônico da cidade teve forte influência francesa e concebia a praça como polo integrador da sociedade: as vias públicas foram dispostas com a superposição de anéis urbanos concêntricos, sendo a praça, um deles.
Além disso, no local há também o monumento ao Cruzeiro, já tombado pelo município, que, com as obras, perderia o alinhamento central, conforme observou o relator.
A intervenção no local foi proposta pela Agência Municipal de Trânsito (AMT) que, além de cortar parte da praça para aumentar as vias, colocaria 12 semáforos e reduziria, consideravelmente, o terreno permeável.
A justificativa apresentada foi a necessidade de melhorar o trânsito da região, lembrando que a Praça do Cruzeiro foi projetada numa capital com 50 mil habitantes, realidade diferente da atual, com cerca de R$ 1,3 milhão de residentes na cidade.
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