A Educação goiana está em festa. O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego) 2017 apontou os melhores índices de proficiência em Português e Matemática da história, com grandes avanços em todas as séries. Os dados foram detalhadamente apresentados nesta segunda-feira, 19/2, ao governador Marconi Perillo e equipe durante reunião do Goiás Mais Competitivo e Inovador.
Titular da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), Raquel Teixeira mostrou, no encontro, que a política de valorização da educação pública estadual adotada pelo governo Marconi está surtindo efeito. No ano passado, o Saego apresentou o maior percentual de participação de estudantes das escolas públicas estaduais, superior a 90%, graças a uma mobilização de professores, pais e dos próprios alunos.
Outra característica marcante da avaliação educacional foi a homogeneidade entre as 40 coordenações regionais, onde a diferença entre a maior e a menor proficiência, mesmo com disparidades geográficas e socioeconômicas, ficou entre 15,2% nas séries iniciais e 9,9% nas finais. Isso evidencia que, além da busca da excelência, a rede estadual avança na equidade.
No 2º ano do Ensino Fundamental, que atende alunos com idade entre sete e oito anos, a nota de proficiência em leitura, escrita e interpretação saltou de 545, em 2016, para 548 em 2017. No 5º ano, no mesmo período, Goiás subiu três pontos em Língua Portuguesa e 14 pontos em Matemática, o que superou as expectativas, considerando a disciplina como um dos grandes gargalos da educação brasileira.
No 9º ano do Ensino Fundamental, houve um avanço de dois pontos em Matemática. E, por fim, também de 2016 para 2017, a 3ª série do Ensino Médio subiu dois pontos em Língua Portuguesa e sete pontos em Matemática.
*Aprender +*
Raquel Teixeira atribui os resultados positivos a uma série de ações, entre elas, o lançamento do caderno de Atividades Aprender +, que foi distribuído em 2017 para os alunos do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3º série do Ensino Médio. O material auxiliou e complementou as atividades dentro de sala de aula e, devido ao sucesso e aceitação, o Aprender + será entregue, em 2018, para todos os alunos a partir do 5º ano.
Além do material estruturado, outra ferramenta que auxiliou nos índices foi a Avaliação Dirigida Amostral (ADA). Trata-se de um sistema de avaliação interno e bimestral que avalia o desempenho dos alunos e a equipe pedagógica. A partir dos resultados, elabora atividades de apoio e reforço para as falhas detectadas. A intenção é prevenir que as lacunas de aprendizagem impeçam o aluno de aprender.
*O Saego*
O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás foi criado em 2002 e recriado em 2011 e é aplicado anualmente para avaliar a proficiência dos estudantes no 2º ano do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa (leitura), e nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e Matemática.
Ele é uma importante ferramenta de monitoramento das ações pedagógicas nas escolas, reunindo subsídios para intervenções e ajustes necessários, com foco na melhoria da qualidade da educação. O sistema de avaliação de Goiás, desenvolvido pelo Caed, da Universidade Federal de Juiz de Fora, é modelo para mais de 17 estados, que utilizam a mesma matriz de competências do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do Governo Federal.
*Destaque no Ideb*
Como resultado do contínuo investimento do governo estadual na Educação, Goiás também tem ocupado o topo das avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos últimos anos. No Ensino Fundamental, garantiu a 2ª colocação. Já no Ensino Fundamental 2, o salto foi da 8ª posição, em 2007, para a 1ª, em 2015, com a nota 4.7, acima da meta estabelecida, que era 4.5.
No ranking do Ensino Médio, saltou da 17ª posição, em 2007, para a 1ª, em 2013. Goiás ficou, ainda, com o segundo lugar em 2015, mantendo a mesma nota de 2013 (3,8). Tal marca fez o Estado ocupar lugar de destaque como um dos quatro Estados (Amazonas, Goiás, Pernambuco e Piauí) que cumpriram todas as metas estabelecidas pelo MEC para esse nível de ensino.
Diferente do Saego, que avalia a proficiência anualmente, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) leva em consideração o fluxo escolar, a evasão e a frequência, realizando a avaliação a cada dois anos. As notas do Ideb de 2017 de todos os estados brasileiros devem ser divulgadas em junho.
*Tempo integral*
A rede conta com 203 unidades de tempo integral, sendo 48 de Ensino Médio, 142 de Ensino Fundamental e 13 de ensinos Fundamental e Médio. Para Raquel, a ampliação da carga horária das unidades escolares é o caminho para uma educação completa. “Quatro horas diárias não preparam o aluno para a vida. Temos que entender que o estudante de hoje é o profissional de amanhã, que precisa saber lidar com questões sócio-emocionais e com desafios”, disse a secretária.
Em 2017, Goiás recebeu do Ministério da Educação (MEC) R$ 16 milhões como fomento para as escolas de Tempo Integral. Em 2018, serão R$ 19 milhões.
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