25 de dezembro de 2024
Brasil

Por reforma da Previdência, Bolsonaro muda tom e faz aceno o Congresso

Os dias não tem sido fáceis para o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Ele está sendo pressioando para aprovar uma lista de 11 medidas provisórias dentro desses próximos 15 dias. Nesta segunda-feira (20/05) em um evento em que foi apresentado a campanha publicitária da Nova Previdência, Bolsonaro mudou o tom e adotou uma postura conciliatória ao Congresso. As informações são da Folha de São Paulo.

“Temos cinco deputados federais entre eles [ministros]. Nós valorizamos sim o parlamento brasileiro, que vai ser quem vai dar palavra final nesta questão da Previdência, tão rejeitada nos últimos anos”, disse ao elogiar seu time de 22 ministros.

Diante da possibilidade de o Congresso apresentar um projeto novo para modificar a Previdência, Bolsonaro disse ainda esperar que o texto passe “com o menor número de emendas”. “Pretendemos que a nossa reforma saia de lá com o menor número de emendas aprovadas”, afirmou.

O tom de afago usado por Bolsonaro em Brasília difere de uma fala sua feita na manhã desta segunda, no Rio de Janeiro, de que “o grande problema do Brasil é a classe política”. A declaração foi feita durante almoço oferecido pela Firjan (Federação da Indústria do Rio de Janeiro).

“O Brasil é um país maravilhoso, que tem tudo para dar certo. Mas o grande problema é a nossa classe política”, disse ele, ao pedir apoio do governador e do prefeito do Rio, Wilson Witzel (PSC) e Marcelo Crivella (PRB), respectivamente.

Com quase cinco meses de mandato, Jair enfrenta uma relação desgastada na relação com o Legislativo e ainda não consolidou a base de apoio. Tem tecido críticas a diversos parlamentares insinuando antigas formas de fazer política. No final de semana, publicou um texto apócrifo em que analisava o cenário que o presidente se encontrava. A cena é de um país “governado exclusivamente para atender aos interesses de corporações com acesso privilegiado ao orçamento público” e que “fora desses conchavos, é ingovernável”.


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