24 de dezembro de 2024
Política

Por governo, partidos definem seus ‘exércitos’

 

Marconi e Iris têm as maiores estruturas partidárias e reforçam a polarização histórica da política goiana, acompanhe as informações com o repórter Fagner Pinho da Tribuna do Planalto.

Depois de anos de negociações e disputas, que foram intensificadas nas últimas semanas, partidos e candidatos postulantes ao Palácio das Esmeraldas, ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa enfim apresentaram suas ‘armas’ para as eleições de outubro deste ano.

 

A polarização entre PMDB e PSDB, permanente há mais de 30 anos no Estado, deverá ser a tendência na disputa pelo Palácio das Esmeraldas, se for analisada a distribuição de forças do jogo eleitoral. E mais: como ocorreu em 1998 e em 2010, o atual governador Marconi Perillo (PSDB) irá enfrentar seu maior adversário político, o ex-governador Iris Rezende (PMDB).

Embora as pesquisas de­monstrem que a disputa principal deverá ficar mais uma vez entre os dois, outros dois candidatos deverão correr ‘por fora’ e lutar para se manterem como uma opção de terceira via contra essa polarização. São eles o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB) que tenta o governo mais uma vez e o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT), estreante na disputa.

Na disputa pelo governo estadual se apresentam como candidatos ideológicos mais três opções. A professora Marta Jane, mais uma vez candidata ao governo pelo PCB em coligação com o PSTU. Também estão no páreo o socialista Weslei Garcia (PSOL) e Alexandre Magalhães pelo cristão PSDC.

A Tribuna traz um levantamento do poderio eleitoral de cada candidato (veja o quadro), com o perfil de cada um dos candidatos ao governo estadual, bem como de seus candidatos a vice-governador e também de seus candidatos ao Senado Federal, além de saber quais são os mais fortes nomes para as eleições legislativas, dentre outras informações.

Marconi tenta fazer história
O governador Marconi Perillo (PSDB) lutará nas eleições deste ano não somente para manter no poder seu grupo político, que comanda o Estado já há 16 anos, entre seus mandatos e do seu então vice-governador Alcides Rodrigues, mas também para chegar a um recorde nacional: o de ser governador pela quarta vez. Em nenhum outro Estado do Brasil houve um candidato que governasse por mais de três oportunidades. 

Iris busca mais uma vez o governo

Mais uma vez o ex-governador Iris Rezende buscará comandar o Estado de Goiás. Governador em duas oportunidades, no início das décadas de 1980 e 1990, Iris Rezende viu a força política do PMDB no Palácio das Esmeraldas diminuir com o aumento da força do PSDB, embora o partido tenha se mantido como o maior do Estado, com a manutenção do maior número de prefeituras. Nas eleições deste ano, Iris Rezende quebrou um pouco do paradigma peemedebista ao não lançar chapa pura, como em quase todas as outras eleições. Com isso, espera-se uma renovação e reoxigenação em sua candidatura, com a chegada dos deputados federais Armando Vergílio (SDD), para a vaga de vice-governador e de Ronaldo Caiado (DEM) ao Senado.

Vanderlan e o desafio de alçar seu nome

O PSB buscará o poder no Estado e desta vez contará com um nome conhecido na disputa. Vanderlan Cardoso, ex-prefeito de Senador Canedo e candidato a governador pelo PR nas eleições de 2010, tentará mais uma vez quebrar a polarização entre PMDB e PSDB. Vanderlan obteve boa votação na última eleição e espera crescer este ano. A dificuldade, porém, é que o pessebista enfrentou muitas dificuldades para conseguir compor sua coligação. No início de sua pré-campanha, ele contava com o apoio do deputado Ronaldo Caiado, que acabou sendo ‘convidado’ a deixar a coligação por imposição da pré-candidata à vice-presidência pelo PSB, a ex-senadora Marina Silva, opositora histórica de Caiado.

PT volta ao páreo depois de doze anos

Doze anos. Este é o tempo que separa a última candidatura do PT ao governo do Estado nos últimos anos. Já se vai esse período desde que a hoje suplente de deputada federal Marina Sant’Anna lançou seu nome ao governo estadual, tentando quebrar a polarização entre PMDB e PSDB. Não conseguiu, ficando em terceiro lugar. Agora é a vez de Antônio Gomide tentar essa façanha. O petista, ex-prefeito de Anápolis, chega bem avaliado para tal missão. Ao deixar a prefeitura da terceira maior cidade de Goiás e segunda maior economia, a administração de Antônio Gomide mantinha incríveis 91,4% de aprovação dentre os eleitores anapolinos, um número expressivo dentre prefeitos de cidades de médio e grande porte no país.

Nanicos buscam divulgar ideais

Na disputa deste ano três candidatos ideológicos buscarão ampliar a divulgação de suas ideias e concepções. Marta Jane (PCB), Weslei Garcia (PSOL) e Alexandre Magalhães (PSDC). Destes, a comunista Marta segue para sua segunda eleição. Em 2010 ela conseguiu quase 15.000 votos e neste ano, em coligação com o PSTU, busca consolidar-se como quinta força no pleito.

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