Levantamento publicado no final de agosto, mostra que se dependesse da população brasileira, os remédios feitos utilizando substâncias da maconha estariam liberados para disposição daqueles que quisessem se tratar com tais medicamentos. É o que aponta o Instituto Paraná em pesquisa divulgada no último dia 29 do mês passado.
Foram entrevistadas 2018 pessoas em todos os estados do país. Apesar de 47% ser a favor, outros 44,2% são contra o que mostra um número próximo. O levantamento não é uma unanimidade favorável tendo em vista que 8,8% dos entrevistados não souberam dar sua posição quanto a questão. O Instituto Paraná em sua pesquisa fez a seguinte pergunta: “O Sr (a) é a favor ou contra à liberação da venda de medicamentos feitos com substâncias da maconha?”
A região Sudeste do país foi a mais tolerável com relação a questão: 48,2% sinalizaram positivamente e outros 42,% se posicionaram contra a possível legalização.
Apesar de uma pequena fração da população estar à frente e ter uma visão progressista com relação ao assunto, a verdade é que o governo, ao menos por enquanto, não vê com bons olhos uma sinalização positiva com relação a pauta.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), em entrevista à Revista Veja no inicio do mês passado, foi taxativamente contra o debate. “Radicalmente contra”, afirmou. “”Não há meio-termo: A primeira coisa que a gente tem de considerar é que as drogas provocam uma doença no cérebro. O cérebro adoece para sempre. Temos 30 milhões de dependentes químicos do álcool e do tabaco e 8 milhões de dependentes de outras drogas. Se houver a legalização, a facilitação do acesso às drogas, esses 8 milhões vão passar dos 30 milhões em pouco tempo”, ele concluiu dizendo que com a liberação, o Brasil chegará aos 50 milhões de dependentes químicos. “Será uma tragédia”.
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