O Parlamento da Polônia aprovou nesta quinta-feira (1º) o projeto de lei que penaliza qualquer insinuação à cumplicidade do país com o Holocausto, que ocorreu em parte em seu território durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O projeto, proposto pelo governo de direita nacionalista polonês, levou a uma crise diplomática com Israel -que o chama de antissemita- e críticas dos EUA e da União Europeia desde a aprovação inicial, na semana passada.
Os infratores serão condenados a três anos de prisão por menções ao termo campos de extermínio poloneses, visto pela Polônia como depreciativo por sugerir que o país teve alguma responsabilidade nas instalações nazistas.
Os campos foram construídos após a invasão nazista, em 1939. Temos que enviar um sinal claro para o mundo de que nós não vamos permitir que a Polônia continue a ser insultada, disse Patryk Jaki, vice-ministro de Justiça.
A lei deve precisa ser sancionada pelo presidente Andrzej Duda, mas as críticas aumentaram. Os aliados do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, pressionam para que o país chame seu embaixador em Varsóvia para consultas.
Pouco antes, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, considera que algumas expressões sobre os campos são imprecisas e induzem ao erro, mas se disse preocupada com as consequências do projeto.
“Nos preocupa que esse projeto de lei, se for promulgado, afete a liberdade de expressão e o debate histórico.”
Na Polônia ficam alguns dos principais campos de concentração do Holocausto, como os de Auschwitz e Varsóvia. Ao menos 6 milhões de poloneses, metade deles judeus, morreram durante o conflito. (Folhapress)
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