O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (5) após ser internado, no último dia 1º, com suspeita de infarto, e retornou à Casa do Albergado, onde está preso desde o dia 27 de novembro.
A prisão do ex-secretário, de forma temporária e preventiva, foi determinada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), em função de uma série de irregularidades financeiras existentes dentro da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), na gestão de Pollara.
Em nota, a defesa do ex-secretário afirmou que foi apontada a suspeita de câncer nos rins e manifestou preocupação com seu retorno à prisão. “A defesa de Wilson Pollara manifesta extrema preocupação, diante do retorno de seu cliente à Casa do Albergado, imediatamente após a saída de internação hospitalar e da suspeita apontada por exames de câncer no rim”, ponderou.
A prisão temporária de Pollara foi prorrogada no último fim de semana, fato que, segundo a defesa, causou “grande estranheza”, devido ao seu quadro clínico atual de saúde. “É de se questionar como a MP muda de entendimento tão rapidamente, em questão de minutos, no que se refere à situação de Pollara”, enfatizou a defesa do ex-secretário.
“Tal fato, aliado à decisão de pedir a uma junta médica independente para avaliar se a precariedade do estado de saúde do cliente era real e não configurava uma “fraude” – a despeito do fato dele estar internado em leito de Unidade de Terapia Intensiva, logo após a realização de um procedimento cardiológico – e à insistência em manter a prisão temporária, apesar das medidas cautelares já adotadas (suspensão do exercício das funções públicas, proibição de entrada em prédios relacionados à prestação de serviços de saúde e restrição de contato com testemunhas ou outros investigados), colocam em xeque a isenção do MP”, detalhou a nota.
Para a defesa de Pollara, a operação tem como objetivo “a perseguição política e o assassinato de reputação” dos investigados. “A partir deste momento, a defesa reforça que adotará não apenas as medidas legais para garantir a vida e a dignidade de seu cliente, e o fato será levado à corregedoria do MPGO e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
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