16 de dezembro de 2024
Cidades

Polícias Civil do Sergipe e de Goiás prende trio que movimentava milhões em drogas e armas de fogo no Nordeste

Foto: divulgação
Foto: divulgação

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), deu apoio à Polícia Civil de Sergipe em operação para desarticular uma linha de fornecedores de uma organização criminosa armada interestadual, que movimentava milhões de reais em drogas e armas para Sergipe e outros estados da região Nordeste.

Os irmãos foram presos na cidade de Senador Canedo no início da manhã desta segunda-feira (15). Também foi preso Lucivaldo Fernandes da Silva, considerado pela polícia como o operador de logística da organização criminosa no Estado de Goiás. 

A organização é liderada por integrantes remanescentes da Operação Valquíria, que foram presos no ano de 2013, mas ganharam liberdade e voltaram a reestruturar a grupo criminoso.

Segundo a polícia, o Estado de Goiás era tido como base  comandada pelos irmãos sergipanos Aduilson Góis Oliveira, conhecido como “Galego”, e Ademir Góis Oliveira, o “Demir” ou “Galeguinho”.

Investigação

Durante investigação das Polícias Civil do Maranhão e do Pará  prenderam assaltantes de banco com metralhadora antiaérea ponto 50, fornecida pela quadrilha dos irmãos Góis. 

No dia 20 de novembro do ano passado, criminosos foram presos no Estado de Pernambuco com armamento fornecido pela organização criminosa dos irmãos Góis. Na época, foram apreendidos um fuzil calibre .556, 720 munições, duas pistolas calibre .380, um revólver calibre 38, um equipamento bloqueador de sinal GPS, além de drogas.

Liberdade

A PC explica que Ademir foi condenado nos desdobramentos da Operação Valquíria a mais de 22 anos de prisão, porém no dia 7 de fevereiro deste ano, ele conseguiu uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, determinando sua liberdade. A Procuradoria Geral da República foi contra a decisão monocrática do ministro, argumentando que o habeas corpus para Ademir sequer deveria ser conhecido, em virtude do que preceitua a Súmula 691 do próprio STF. 

Ainda de acordo com a corporação, Ademir também é membro de organização criminosa; suspeito de matar 13 pessoas em apenas um ano, ter péssimo comportamento no presídio do Santa Maria, participando, inclusive, do homicídio de três detentos da unidade no dia 30 de abril de 2018.

Após a decisão do ministro, Ademir fugiu de Sergipe e foi para o Estado de Goiás e com a liderança do irmão Aduilson reestruturou  a organização. 


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