23 de dezembro de 2024
Eleições 2022

Policial federal, ex-carcereiro de Lula declara voto no petista

O agente enalteceu o petista por sua preocupação com a pobreza e desigualdade social
(Rafaela Felicciano)
(Rafaela Felicciano)

O ex-chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Curitiba, que foi responsável pela carceragem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que seu voto para presidente neste segundo turno das eleições será no petista. Ao colunista Thiago Herdy, do site UOL, o agente disse que Lula é uma pessoa sensível às causas sociais e abominou o atual governo Bolsonaro (PL).

“Diante da tragédia que estamos vivendo, eu declaro voto com todo vigor do meu peito”, afirmou o policial. Atualmente integrado à PF em Lima, no Peru, Jorge Chastalo era responsável pela escala de agentes que cuidavam da vigilância de Lula e também decidia o que era permitido na cela.  

Na ocasião Lula ficou 580 cumprindo pena por investigações da Lava Jato. Nesse período, segundo o policial, ele conheceu uma pessoa genuína e preocupada em enfrentar a desigualdade social.

“A sensibilidade de sua preocupação com a pobreza, com a desigualdade social, com o bem-estar das pessoas, tudo isso se mostrou algo muito verdadeiro nele e foi algo que me marcou. Nunca o vi deprimido, na carceragem era um sujeito humilde e que sempre demonstrou gratidão e compaixão por quem estava ali com ele”. 

Ainda de acordo com o agente, Lula não teria se mostrado arrependido de permitir que os órgãos de controle trabalhassem livremente, pois os considera como “aliados do governo”. Sobre sua prisão, ele disse a Jorge que se tratava de um “fato indeterminado” e garantia que ainda ia voltar à Presidência. 

Governo Bolsonaro

Ao colunista, o agente disse que também pretende lançar um livro sobre os dias em que conviveu com Lula. “Diante deste absurdo que a gente tá vivendo, de ataque à democracia, essa falta de civilidade, de desamor gigante, do ódio estimulado entre as pessoas, tenho absoluto desprezo pelo governo que está aí. Como disse um dia Ulisses Guimarães, ‘tenho nojo’. Então me sinto moralmente obrigado a me manifestar”, criticou. 


Leia mais sobre: / Política