Nove pessoas foram presas nesta terça-feira (2) por envolvimento no furto de mais de 100 computadores da Secretaria Estadual de Economia. As prisões foram realizadas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), com o apoio da Secretaria de Economia, durante a Operação Parasita. A secretaria descobriu os roubos em abril.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão, entre preventivas e temporárias, em Goiânia, Aparecida de Goiânia e em outros três estados, com apoio das Polícias Civis do Distrito Federal, Tocantins e Minas Gerais. Além dos mandados, um dos receptadores foi preso em flagrante, em Goiânia.
As investigações apontaram que o esquema era liderado por um ex-servidor terceirizado do órgão, mas envolvia um servidor comissionado da secretaria
Esquema tinha rede de receptadores
“O grupo contava ainda com a participação de outros terceirizados, prestadores de serviço e uma rede de receptadores. Os computadores e monitores — mais de 100 unidades, segundo as apurações — eram vendidos a preços muito inferiores ao valor de mercado para o dono de uma loja de informática e outros empresários, que os revendiam”, divulgou a Polícia Civil.
Os envolvidos já tinham sido desligados pela secretaria e o caso encaminhado à Polícia Civil há sete meses, quando os suspeitos começaram a ser investigandos.
Prejuízo superior a R$ 200 mil
João Paulo Dantas, chefe do gabinete da Secretaria Estadual de Economia, relatou em entrevista à Tv Anhanguera nesta terça que os suspeitos disfarçavam os computadores dentro de caixas de outros produtos, como caixas de copos descartáveis, e assim burlavam a segurança e saiam com vários equipamentos de uma vez alegando que eram objetos pessoais. Mas isso começou a chamar a atenção e o furto foi descoberto.
De acordo com ele, os equipamentos desviados eram novos e tinham sido comprados pela pasta no final do ano passado. A estimativa é de prejuízo superior a R$ 200 mil reais, entre computadores e monitores.
O Delegado Bruno Costa e disse que nove pessoas foram presas na data de hoje porque, além dos oito mandados judiciais, houve um flagrante de receptação. Conforme ele, os quatro principais envolvidos tiveram acesso ao patrimônio da secretaria e se associaram para subtrair os equipamentos e também se associaram a uma rede de receptadores.
Essa rede, explica o delegado, “tinha quatro empresários, sendo um dono de uma loja de informática que repassava, vendia a preço muito abaixo do mercado esses equipamentos para os receptadores, que revendiam para outras pessoas”.
Apesar do esquema, a operação teve êxito em recuperar 22 equipamentos que serão depois devolvidos para a secretaria.
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