A Polícia Civil de Goiás está investigando a morte de aproximadamente 8,9 milhões de abelhas registrada nos municípios de Bela Vista e Silvânia. A principal suspeita é de que as colmeias tenham sido atingidas durante a pulverização de agrotóxicos.
A tragédia se torna pública na mesma semana em que reportagem do Diário de Goiás mostrou os riscos que a aplicação de defensivos tem representado para as abelhas em Goiás e em todo o Brasil. Por exemplo, mortes rápidas e graduais, além de risco iminente de contaminação de mel, foram apontadas por pesquisador da Universidade Federal de Goiás.
A reportagem faz parte da série que o DG está publicando sobre a questão. Também na quinta-feira (18) será publicada nova reportagem, a quarta da série.
Confira a reportagem do DG sobre os danos às abelhas publicada na segunda-feira (15)
Mortandade de abelhas ligada à pulverização de defensivos preocupa também em Goiás
Uma operação conjunta, denominada Operação Proteção das Abelhas, foi realizada envolvendo a Delegacia Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Dema) e a Agrodefesa, divulgou a PC.
Segundo a corporação, nesta terça-feira (16) mesmo foram remetidos três procedimentos de mortandade de abelhas ao Poder Judiciário. Se confirmada a pulverização de inseticidas como a causa, isso caracteriza crime ambiental.
Ainda de acordo com a PC, “todos os fatos apurados têm como causa o envenenamento após pulverização das lavouras. A pena para tais crimes é de até 4 anos de reclusão e, na esfera administrativa, a multa pode chega a R$ 2 milhões”.
Por outro lado, nas redes sociais a instituição, informou que busca na comunicação respeitosa entre o agricultor e o apicultor, a chave “para que todos tenham benefícios”.
Até o início da noite a postagem foi comentada por ao menos duas pessoas. Uma denunciou problemas com pulverizações em Paranaiguara.
O homem reclama que foi até São Simão registrar a ocorrência. Porém, segundo ele, mesmo levando filmagens de um avião pulverizando canaviais da região três dias antes da morte das abelhas, a denúncia não teria sido apurada, questionou em comentário na postagem.
Além disso, outro internauta também se queixou de que denunciou caso parecido em Hidrolândia. No entanto, segundo ele, nunca houve resposta da PC.