As autoridades britânicas identificaram nesta terça-feira (23) o homem-bomba responsável pelo ataque da véspera durante um show da cantora pop Ariana Grande em Manchester.
Ele foi identificado como Salman Abedi, 22, afirmou o chefe da política de Manchester, Ian Hopkins. Segundo a rede BBC, Abedi nasceu em Manchester e sua família tem origem líbia. A investigação busca entender agora se Abedi atuava sozinho ou se era parte de uma organização.
Também nesta terça-feira (23), a polícia prendeu na região sul da cidade um homem de 23 anos suspeito de conexão com o atentado, que deixou ao menos 22 mortos e dezenas de feridos após o fim do show na Manchester Arena. Não há brasileiros entre as vítimas, informou o Itamaraty.
Agentes de segurança realizaram uma operação em um apartamento em Manchester e fizeram a explosão controlada de um artefato, informou a polícia.
Um outro homem foi detido no shopping Arndale Centre, em Manchester, mas as autoridades não viram indícios de que ele tenha ligação com o atentado. O local chegou a ser fechado temporariamente nesta terça.
Estado Islâmico
A facção terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria da ação em uma mensagem que, no entanto, não apresentou nenhuma evidência de sua participação real. “Um soldado do califado conseguiu colocar explosivos em meio a uma reunião dos cruzados na cidade britânica de Manchester”, disse a milícia.
É possível, como em outros casos no passado, que o autor tenha agido sozinho e agora a facção tente se beneficiar da atenção na mídia, que é uma parte importante de sua estratégia para recrutar militantes.
O diretor de Inteligência dos Estados Unidos, Dan Coats, afirmou que as autoridades do país ainda não verificaram se o Estado Islâmico é responsável pelo ataque.
Reações
“Este ataque se destaca por sua covardia doentia e pavorosa, tendo como alvo deliberado crianças indefesas e inocentes e jovens que deveriam estar aproveitando uma das noites mais memoráveis de suas vidas”, afirmou a primeira-ministra britânica, Theresa May.
May visitou o local do ataque na manhã desta terça e assinou o livro de condolências em um hospital de Manchester que recebeu a maior parte dos feridos. Após conversar com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, ela concordou em suspender a campanha para a eleição parlamentar de 8 de junho.
A segurança no restante do Reino Unido será incrementada com um maior contingente policial deslocado para Londres.
A rainha Elizabeth 2ª disse nesta terça-feira que “a nação inteira está chocada” com o ataque. “Sei que falo por todo mundo ao expressar minha empatia mais profunda com todos os que foram afetados por esse evento horrível”, afirmou.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar triste e em choque. “As pessoas no Reino Unido podem estar convencidas de que a Alemanha está do lado delas.”
O presidente americano, Donald Trump, comentou o ocorrido durante sua visita a Belém, na Cisjordânia. “Mantemos nossa absoluta solidariedade com o povo do Reino Unido”. Ele descreveu os responsáveis pela ação como “perdedores malvados”.
O ex-presidente dos EUA Barack Obama também se manifestou sobre o ataque em uma rede social. “Americanos sempre irão ficar ombro a ombro com o povo do Reino Unido.”
Vladimir Putin, presidente da Rússia, “expressou suas condolências à primeira-ministra May”, informou a assessoria do Kremlin.
Nesta terça, o presidente da França, Emmanuel Macron, visitou a embaixada britânica em Paris e deixou sua mensagem de condolência em um livro. (Folhapress)
Leia Mais:
- Explosão após show de Ariana Grande deixa 19 mortos em Manchester, no Reino Unido
- Ariana Grande suspende turnê mundial após atentado; famosos prestam solidariedade
- Líderes mundiais condenam ataque em Manchester
Leia mais sobre: Mundo