A Polícia Federal adotará uma estratégia diferente no interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros depoentes da Operação Tempus Veritatis, prevista para esta quinta-feira (22). As equipes conduzirão os depoimentos simultâneamente se comunicando durante as oitivas, de modo a confrontarem as respostas e conduzirem melhor os questionamentos.

Assim sendo, um delegado poderá saber, em tempo real, o que o outro depoente está dizendo em outro interrogatório. De acordo com a PF, a estratégia “surpesa” adotada facilitará com que os envolvidos que pretendessem ficar em silêncio decidam se manifestar e abrir o jogo, por receio de serem expostos em outro depoimento.

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Além disso, a estratégia permitirá que as versões apresentadas sejam confrontadas, aumentando as chances de definir os atos. A Operação investiga a suposta trama golpista para impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a presidência.

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Bolsonaro ainda tentou adiar o depoimento, no entanto, o pedido foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ex-presidente e outras 22 pessoas serão ouvidas nesta tarde de quinta-feira (22).

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