Desde a madrugada desta quinta-feira a Polícia federal iniciou a “Operação Desventura“. Segundo o Jornal a Tarde, da Bahia, o ex-jogador Edilson Capetinha, com passagens pelo Corinthians e Flamengo é um dos investigados.
No ínicio da manhã a Polícia Federal confirmou atráves do Twitter que um ex-jogador da seleção estava sendo investigado e era utilizados para cooptar gerentes da Caixa Econômica para a organização criminosa.
A operação deflagrada em parceria com o Ministério Público Federal visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes de loteria da Caixa Econômica Federal em Goiás e outros cinco estados.
De acordo com a PF, foram expedidos 13 mandados de prisão, 19 de busca e apreensão e outros 22 de conduções coercitivas. Desses, já foram cumpridos nove mandados de prisão, três deles em Goiás, além de um compromisso de apresentação na sede da Polícia Federal, em Goiânia. Cerca de 250 policiais estão envolvidos na ação que ocorre nos estados de Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e Distrito Federal.
Segundo informações da PF, a organização tinha bastante capilaridade, já que o bilhete premiado e não recolhido pelo beneficiário pode ser apresentado em qualquer agência da Caixa Econômica Federal, o que fazia com que o esquema migrasse de acordo com o recrutamento de gerentes do banco.
Entenda a fraude
De acordo com as investigações, a quadrilha validava os bilhetes de loteria de forma irregular. A organização criminosa tinha informações privilegiadas de correntistas do banco, o que os auxiliava na movimentação de grandes volumes financeiros e no recrutamento de gerentes de diversos municípios para colaborar na ação fraudulenta.
Os membros da organização entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.
Para a PF, essa era a principal fraude da organização, mas também estão sendo investigadas fraudes como lavagem de dinheiro e a utilização de cartões e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A PF ressaltou que a fraude não está no sorteio e não é estrutural. A Irregularidade está na validação irregular dos bilhetes.
Já a Caixa Econômica Federal, de acordo com o Estadão Conteúdo, está tomando as providências para abrir processos disciplinares e apurar as responsabilidades dos funcionários do banco. A Caixa informou que está cooperando de forma integral com as investigações.
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