Autoridades do Irã prenderam 41 suspeitos por ligação com os ataques terroristas que tiveram como alvos o Parlamento iraniano e o mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Islâmica de 1979, afirmou nesta sexta-feira (9) o Ministério do Interior do país.
Na quarta (7), um atentado duplo com atiradores e homens-bomba em Teerã deixou 17 mortos e 42 feridos. A facção terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos ataques.
As duas ações foram as primeiras em solo iraniano reivindicadas pelo EI, que segue o ramo sunita do islã.
O Irã tem população majoritariamente xiita, vista como infiel pelos extremistas do EI. Teerã também apoia grupos armados que combatem a facção terrorista em partes da Síria e do Iraque.
Também nesta sexta, uma multidão participou em Teerã do funeral das vítimas do atentado. Algumas pessoas gritavam “morte à Arábia Saudita e à América”, além de slogans contra Israel.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que os ataques devem aumentar o ódio da população iraniana contra a Arábia Saudita, o principal poder sunita da região, e os EUA.
“Os ataques não prejudicarão a determinação da nossa nação em lutar contra o terrorismo, mas aumentarão o ódio contra os governos dos Estados Unidos e as suas marionetes na região, como os sauditas”, disse Khamenei. A Arábia Saudita nega envolvimento na ação.
Tiros e bombas
O Parlamento estava em sessão no momento em que atiradores invadiram o local e fizeram reféns. Um dos invasores se explodiu.
O edifício em Teerã foi cercado por policiais e houve troca de tiros, que durou mais de três horas e terminou com mortos e dezenas de feridos, além de quatro terroristas mortos a tiros no local.
Pouco após o início do ataque no Parlamento, um homem-bomba se explodiu e outro suspeito foi morto a tiros próximo ao mausoléu de Khomeini, alguns quilômetros ao sul de Teerã. Segundo relatos, o ataque deixou um segurança morto e quatro pessoas feridas. (Folhapress)
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