Com a morte de cinco criminosos e a prisão de outros cinco na cidade de Itapirapuã, a Polícia Civil de Goiás em conjunto com forças de outros estados desarticulou um das mais perigosas quadrilhas que praticavam crimes contra instituições financeiras no país.
De acordo com o titular do Grupo de Roubo a Bancos da Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Goiás (DEIC), Alex Vasconcelos, os criminosos agiam em três modalidades: extorsão mediante sequestro de familiares e de funcionários dos bancos. A explosão de terminais de atendimento e ainda uma modalidade conhecida como Novo Cangaço.
Há cinco meses as polícias investigavam a ação da quadrilha. Na última quarta-feira (3), cinco criminosos foram presos e outros cinco foram mortos em confronto com policiais militares do Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer), durante cerco aos assaltantes que explodiram caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil às 3 horas de quarta-feira, em Itapirapuã, a 193 quilômetros de Goiânia.
Segundo a polícia, o grupo armado fugia em direção a Goiânia pela GO-070 quando se deparou com equipes do Grupo Antirroubo a Bancos (GAB) da DEIC, e da PM.
Foram presos na ação: Argemiro Antônio da Silva, foragido do presídio de Brasília (DF), onde cumpria pena por roubo a bancos; Argemiro Antônio da Silva Filho, José Rosa da Silva, João Fernandes de Sousa e Acilon Viana de Sá Costa, todos tem passagens pela polícia. Todos foram autuados em flagrante ontem por roubo qualificado, porte de arma e associação criminosa.
Com o grupo a polícia apreendeu duas espingardas calibre 12, munições, capuzes e ainda um veículo Crossfox.
No confronto foram mortos, Fredson Guimarães da Silva, de 39 anos, José Júnior Rodrigues dos Santos, Romério dos Santos, um homem identificado apenas como Rafael e outro apenas como Neguinho. Fredson ainda chegou a receber atendimento médico, vindo a óbito no Hospital de Urgências de Goiânia. Ele era considerado um dos mais perigosos ladrões de bancos do Brasil, com atuação nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Groso e Paraná.
Investigações
A polícia não acredita que mais pessoas possam estar envolvidas em virtude da quadrilha ter sido totalmente desmantelada durante a ação. O delegado Alex Vasconcelos espera que as prisões possam resultar na diminuição de crimes contra as instituições financeiras.
“Os índices vêm diminuindo, mas é possível que continue em decréscimo por conta da prisão da quadrilha”.
Em Goiás os bandidos atuaram nas cidades de Itapaci, Estrela do Norte, Mossâmedes, Indiara, Edealina e por último em Itapirapuã. No Tocantins os alvos escolhidos foram: Formoso do Araguaia, Araguaçu, Miracema do Tocantins Vanderlândia.
De acordo com o delegado Alex Vasconcelos, agora será feito o confronto das informações já coletadas.
“As investigações agora são no sentido de se fazer um nexo causal entre a quadrilha presa com os demais crimes já investigados”, relata.
Durante a ação em Itapirapuã foram recuperados R$ 120 mil.
Uma preocupação da polícia é quanto a prática de “Novo Cangaço” em que os bandidos costumam assustar bastante a população.
“Novo cangaço é um enfretamento a polícia, causa clamor a população, pois os bandidos fecham a cidade atiram contra o destacamento da PM, contra casas e isto causa um susto muito grande”, explica a delegada da Divisão de Investigações Criminais do Tocantins, Liliane Albuquerque Amorim.
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