07 de agosto de 2024
Falsificação

Polícia cumpre buscas contra servidor municipal de Caldas Novas por burlar regulação da Saúde

Servidor privilegiava apadrinhados e amigos, prejudicando pacientes que já aguardavam na fila da regulação para serem atendidos com médico especialista
O servidor já foi afastado administrativamente da função pela administração municipal. (Foto: Divulgação/PCGO).
O servidor já foi afastado administrativamente da função pela administração municipal. (Foto: Divulgação/PCGO).

Na manhã desta última quinta-feira (20), a equipe da Delegacia de Polícia de Caldas Novas cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de um funcionário público municipal. Ele está sendo investigado por falsificar ficha de encaminhamento médico da UPA, a fim de acelerar o atendimento de paciente em consulta eletiva.

A investigação se iniciou em maio deste ano, quando uma médica descobriu que seu carimbo e sua assinatura foram falsificados e estavam sendo utilizados indevidamente na Unidade de Saúde Especializada para justificar o atendimento diretamente de paciente na Unidade sem prévio encaminhamento.

Regularmente, os pacientes precisam passar por médico clínico geral (Posto de Saúde ou UPA) e depois ser encaminhados a consultas eletivas com médico especialista através da Regulação. Porém, a ficha de encaminhamento falsificada tinha exatamente o propósito de burlar esse atendimento antecedente. Segundo as investigações, o servidor privilegiava apadrinhados e amigos, prejudicando pacientes que já aguardavam na fila da regulação para serem atendidos com médico especialista.

A investigação da PCGO comprovou a fraude perpetrada e a destruição de provas pelo referido servidor que ocupava o cargo de direção da Unidade de Atendimento Especializado. Durante as buscas na casa do servidor, foram apreendidos documentos e aparelhos celulares que serão objeto de exame pericial a fim de colher demais elementos de informações.

O investigado foi indiciado pela prática dos crimes de falsidade de documento público e coação no curso do processo por ter coagido, decorrer das investigações, funcionários da Unidade Hospitalar a encobrirem a fraude investigada, crimes estes cujas penas somadas podem chegar a 6 anos de prisão. O servidor já foi afastado administrativamente da função pela administração municipal.


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