A delegada Adriana Ribeiro afirmou que o executor do assassinato do radialista Valério Luiz confessou ter cometido o crime, em julho de 2012. A operação que levou à prisão de Marcos Vinícius, que é açougueiro, começou às três da manhã. Junto com ele foram presos um caminhoneiro, identificado como “Urbano da Silva” e um policial militar de nome “Osmar Gomes da Silva”, que é sargento.
A delegada revelou que a investigação busca, prioritariamente, comprovar a participação dos indivíduos presos. “Em termos de provas, nós não vamos dizer o que temos”, diz Adriana Ribeiro, para não atrapalhar as investigações.
“A gente não quer prender ninguém que não tenha participação”, declarou a delegada, em entrevista coletiva. A investigação prossegue na busca da consolidação de provas contra um possível mandante do crime.
A delegada afirmou que o prazo de 30 dias da prisão provisória dos três envolvidos poderá ser suficiente para a conclusão do inquérito e encaminhamento ao Judiciário. O inquérito já tem cerca de 400 páginas e três volumes.
Mandante
Lorena Nascimento, esposa do radialista assassinado manteve-se na porta da delegacia de homicídios na busca de informações. A preocupação dela e do pai de Valério Luiz, Manoel de Oliveira, era saber se o mandante estaria comprovado. Segundo ela, é “um dirigente do futebol” e “que todo mundo sabe quem é”. Pela manhã, o radialista Manoel de Oliveira foi à delegacia de homicídios e recebeu informações diretamente da equipe de investigação. “A população sabe quem é o principal suspeito”, afirmou Mané de Oliveira. “O maior bandido, para mim, é o mandante”, completou. Segundo ele, a polícia sabe quem é o mandante apesar do “dinheiro e do poder”. “Quem fez o que fez, tem capacidade de fazer qualquer coisa”. “Eu gostaria de olhar na cara dele”, sobre o assassinato.
Coleta de provas
O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Gorski, informou que a investigação não terminou, mas há caminho para identificação e comprovação do mandante do assassinato de Valério Luiz. “Nós estamos ainda no trabalho de coleta de provas”, disse o delegado.
Coube ao secretário de segurança pública, Joaquim Mesquita, dar o principal recado político, na ocasião, em entrevista coletiva. Segundo ele, “enquanto eu for secretário de segurança pública(..) não haverá dúvida de que serão buscadas soluções para qualquer crime”.
Mesquita afirmou que as equipes de investigação estão empenhas na conclusão final deste inquérito e que “as provas são muito fortes”. Mas, falta a análise do material apreendido nas residências dos acusados.
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