O pânico voltou a Londres na noite deste sábado (3), com o registro dois atos terroristas a quatro dias das eleições gerais. Em torno de 22 horas (18 horas de Brasília), uma van atropelou vários pedestres na ponte de Londres e deixou feridos. Segundo a BBC, a polícia britânica informou que mais de uma pessoa morreu no local.
Outras vítimas foram reportadas em torno do mercado de Borough, aparentemente feridas a faca, a pouca distância da ponte. Neste caso, a polícia informou que agentes armados seguiram para o local e houve disparo de tiros. À 0h25 a polícia confirmou que os dois fatos se tratam de atos terroristas.
Além disso, a polícia foi chamada para atuar em um incidente em Vauxhall, a poucos quilômetros da região, mas já informou que não há relação com os casos da ponte e do mercado.
Elementos das ocorrências deste sábado remetem aos métodos adotados pelo terrorista solitário responsável pelo ataque em 22 de março na ponte de Westminster, junto ao prédio do Parlamento. Nos últimos dias, a capital inglesa está com a segurança reforçada, o que não impediu as ações.
Uma jornalista da BBC que estava na ponte no momento disse que o veículo mudou seu curso em direção aos pedestres. “O motorista de uma van branca veio acelerando -provavelmente a 80 km/h- desviou da pista para a multidão que estava caminhando”, disse Holly Jones para a BBC News.
“Ele desviou perto de mim e aí atingiu cinco ou seis pessoas. Eu diria que há quatro feridas gravemente. Todas estão sendo socorridas por paramédicos”, contou.
Segundo o jornal “The New York Times”, testemunhas relataram ter visto um homem sair da van segurando uma faca rumo aos bares e restaurantes do Borough Market, próximo à ponte.
Um homem identificado como Andrew disse à rádio LBC que viu uma pessoa gravemente ferida por facadas e disse ter percebido mais de um suspeito empunhando facas.
A agência de notícias Reuters relatou que uma outra testemunha afirmou ter visto ao menos três pessoas que aparentavam estar feridas por golpes de faca.
A polícia está à procura de três suspeitos possivelmente armados, informou a BBC.
Há intensa movimentação policial no local e a população foi orientada a evitar a região.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, condenou os ataques em mensagem replicada nas redes sociais, definindo as ações como “deliberadas e covardes contra londrinos e visitantes inocentes”. “Não há justificativa para atos tão bárbaros”, completou. Ele informou que terá uma reunião de segurança com a primeira ministra Theresa May neste domingo.
O presidente americano, Donald Trump, ofereceu ajuda ao Reino Unido, em mensagem publicada em seu perfil no Twitter. “O que os Estados Unidos puderem fazer para ajudar Londres e Reino Unido, nós faremos. Estamos com vocês. Deus os abençoe.” Em outra mensagem disse aos americanos que precisam ser “inteligentes, vigilantes e duros” e que a proibição de viajantes é uma medida extra de segurança.
ATAQUE NO PARLAMENTO
Em 22 de março, um homem matou cinco pessoas e feriu outras 50 após um ataque nos arredores do Parlamento britânico, em Londres.
Khalid Masood, 52, atropelou pedestres na ponte de Westminster, chocou-se contra as grades de um edifício parlamentar e esfaqueou o policial Keith Palmer, que morreu. Ele foi, então, morto por outro agente.
No último dia 22, em Manchester, um atentado terrorista contra o show da cantora pop americana Ariana Grande em Manchester deixou ao menos 22 mortos e 64 feridos.
Leia mais sobre: Mundo