Jadir Messias da Silva, de 51 anos, era o único foragido de uma quadrilha do Rio de Janeiro, de 57 integrantes, entre médicos, enfermeiros, policiais e outros, especializada em abortos. Ele foi apresentado na manhã de hoje (13), na Delegacia Geral da Polícia Civil, em Goiânia.
O homem foi preso ontem (12), na casa da mãe dele, no município de Catalão. Segundo o delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais e Divisas, Glaydson Carvalho, após a prisão dos integrantes da quadrilha, em agosto do ano passado, Jadir fugiu para o estado do Pará. Ele estava em Goiás há apenas 15 dias.
De acordo com o delegado, Jadir, que é motorista de táxi, era o responsável pelo transporte das vítimas até as clínicas, onde eram realizados os abortos. Os procedimentos chegavam a custar cerca de R$ 7 mil.
Entre as vítimas da quadrilha está a auxiliar administrativa Jandira Magdalena dos Santos, de 26 anos. Após complicações no procedimento, Jandira desapareceu e seu corpo foi encontrado carbonizado.
Veja a reportagem em vídeo:
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Ainda segundo Glaydson Carvalho, um dos médicos integrantes da quadrilha foi acusado por aborto em 1972. A esposa do motorista, que trabalhava em uma suposta clínica de estética, e também era integrante da quadrilha, está presa no Rio de Janeiro. Em apenas uma das clínicas do grupo criminoso, foram registrados 6 mil abortos.
Agora, Jadir Messias da Silva está a disposição da Justiça. De acordo com o delegado Glaydson Carvalho, ele deve ser transferido para o Rio de Janeiro após o carnaval.
Relembre o caso:
Jandira saiu de casa no dia 26 de agosto de 2014 para fazer um aborto e não voltou mais. Um dia depois, um corpo carbonizado, sem as digitais e a arcada dentária, foi encontrado dentro de um carro em guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil Carioca, um exame comprovou a compatibilidade genética entre o corpo encontrado no carro e a mãe de Jandira.
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