23 de dezembro de 2024
Cidades

Polícia Civil investiga suspeito de estupro virtual em Goiás

Foto: divulgação Polícia Civil
Foto: divulgação Polícia Civil

A equipe  da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos  (DERCC) cumpriu na manhã desta sexta-feira (14),  mandado de Busca e Apreensão na residência do investigado pelos Crimes de Estupro Virtual e compartilhamento de imagem pornográfica Infanto-Juvenil.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Dra. Sabrina Leles, a  adolescente  de 16 anos, foi obrigada a produzir  vídeos pornográficos e enviar ao investigado, sendo que em decorrência das ameaças sofridas, a vítima teria tentado suicídio, mas foi socorrida por familiares e sobreviveu.

A delegada disse ainda que, a adolescente e o suspeito, um estudante de 20 anos, se conheceram pela rede social Facebook e passaram a conversar. Após algum tempo, eles acabaram trocando os chamados “nudes”, que são fotos íntimas ou de cunho sexual. Em posse das fotos, o jovem começou a ameaçar a adolescente, dizendo que divulgaria as imagens íntimas mandadas por ela se ela não cumprisse as ordens dele.

“Ele mandava ela fazer vídeos pornográficos dela mesma e enviar para ele. Eram ordens expressas: faz um vídeo de 1 minuto e meio, faz isso, faz aquilo. Ela tinha que parar o que estava fazendo e obedecer”, afirma a delegada.

Foram apreendidos um notebook, um smartphone e pendrives pertencentes ao investigado, que serão devidamente periciados. É o primeiro caso de estupro virtual investigado em Goiás, modalidade criminosa que já contou com uma condenação no Brasil.

O estupro virtual se verifica quando o autor, mediante grave ameaça, exige que a vítima pratique atos libidinosos em si mesma, filme e envie para o criminoso, ato ilícito que se dá através de contato digital, ou seja pela internet.

A polícia preferiu não informar o município onde aconteceu o caso, uma vez que tanto a família da vítima quanto a do rapaz são bastante conhecidas na cidade.

Segundo a delegada, o suspeito negou que tenha praticado os atos em questão, e disse que sua conta havia sido invadida. “Ele diz que alguns amigos o procuraram dizendo que suas mensagens recentes não são normais vindas dele, o que o fez pensar que sua conta foi invadida”. Porém, ainda não é possível concluir nada, segundo a delegada,  uma vez que as investigações ainda estão em curso.


Leia mais sobre: / Cidades