Uma operação da Polícia Civil, deflagrada na manhã desta sexta-feira (23), apura a alienação de dois terrenos públicos no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). Há indícios, segundo a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), de irregularidades.
Conforme a Deccor, as vendas foram feitas sem as devidas formalidades para dispensa de licitação. O processo administrativo de compra se iniciou em maio de 2017, ano em que foi definida a reserva da área. Foi informado pela empresa que seria construído um centro de distribuição e logística. Houve ainda mudança do tipo de atividade da empresa de “industrial” para “comercial”, o que levou à possibilidade de construção de um shopping. Pareceres da época avalizaram essas alterações.
Segundo a Polícia Civil, são analisados indícios de que haveria um esquema montado por empresa laranja para efetuação do negócio jurídico contratual, o que teria contado com aquiescência de funcionários públicos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).
Na operação desta sexta, 62 policiais civis cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em seis residências, duas pessoas jurídicas e na Codego. São investigados quatro funcionários públicos e outros quatro empresários por suspeita de alienação de bem público, associação criminosa, supressão de documento público e falsidade ideológica.
Nas buscas, foram apreendidos documentos, computadores e eletrônicos que possam subsidiar os indícios levantados até o momento. O nome da operação é Arantiaco e faz alusão a um termo em latim que significa “laranja”.
A Polícia Civil destacou que a investigação está em estágio inicial e o inquérito policial é sigiloso. O próximo passo é analisar os materiais apreendidos.
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