A Polícia Civil do Estado de Goiás conta com total apoio do governador Ronaldo Caiado para combater a rota do tráfico de drogas e se compromete a manter o combate efetivo a esses crimes. “Vocês têm o aval do governador do Estado de Goiás. Nada será em momento algum interrompido ou dificultado para que continuem em marcha para o combate à criminalidade no nosso Estado. Conte com o seu governador “, afirmou o governador.
Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, o diretor geral da Polícia Civil, delegado Odair José Rezende, salientou o mesmo desejo do governador, com apoio de outras instituições, além de uma polícia “forte e independente”. Com ferramentas de inteligência e compartilhamento de informações com outros Estados, Goiás tem fechado o cerco ao tráfico de drogas.
“Estamos no caminho certo e com o apoio do governador, sem interferência e sem proteger ninguém a polícia trabalha com autonomia e quem quer que seja que cair na rede é peixe para a Polícia Civil”, ressalta o diretor geral da PC.
VEJA a entrevista EXCLUSIVA na íntegra:
Altair Tavares: Delegado o senhor afirmou que pretende tirar Goiás da rota do tráfico de drogas. Como chegar a essa situação?
Com uma polícia forte e independente, uma polícia com apoio, realmente de Estado e parceria com o Ministério Público, com o poder judiciário e com as outras forças policiais. O tráfico de drogas avança mundialmente, então nós temos que abrir os olhos e no caso de Goiás já abriu. A Denarc está com uma equipe especializada, com ferramentas tecnológicas e uma inteligência pronta para agir e desencadear operações que desestruturam toda uma rede de distribuição de cocaína no nosso Estado. Goiás é um Estado produtivo, aqui se produz arroz feijão, milho e muita soja. Não admitiremos que o nosso território seja entreposto de cocaína. Essa droga que vem para ficar e aqui está de passagem tem sido alvo de nossas operações, ou seja, estamos agindo nos dois momentos com a nossa Denarc e com a nossa inteligência. Antes que a droga entre em nossas fronteiras e depois que ela entra em nossas fronteiras estamos de olho, as fronteiras vigiadas. As polícias ativas agindo nas operações de grande porte para prender realmente quem tem que ser preso, aquele que ostenta que fica com todo o lucro. Esse é o que deve ser preso, é o grande distribuidor da cocaína.
Altair Tavares: Qual o saldo da segurança em relação ao mês de julho?
Muito bom, as delegacias todas trabalharam e mostraram resultados efetivos. A DIH solucionou quase todos os crimes ocorridos esse ano. A DEIC com operações roubo a banco também praticamente acabou no Estado. O grupo antissequestro fez uma grande operação também desarticulando uma rede internacional de tráfico de drogas e que será apresentado em breve. A Denarc tem feito, fechando com esse belíssimo trabalho. Então, estamos no caminho certo e com o apoio do governador, sem interferência e sem proteger ninguém a polícia trabalha com autonomia e quem quer que seja que cair na rede é peixe para a Polícia Civil.
Altair Tavares: Esse tipo de mensagem do governador soa como para a Polícia?
Anima, a gente que já está na polícia há alguns anos, no meu caso 20 anos, já vi muita coisa, já vi interferência, já fui impedido de investigar certas pessoas. Então, é isso que a polícia precisa é apoio para investigar quem quer que seja. Então, em Goiás ninguém tem carta branca para praticar crime.
Altair Tavares: Quantas quadrilhas já foram desmontadas?
A Denarc esse ano já desarticulou outros três grupos criminosos fortes de traficantes interestaduais. Essa agora de traficância internacional. Então, juntando tudo globalmente a Denarc já queimou mais de 30 toneladas de maconha e já está com quase uma tonelada de cocaína nos cofres para ser queimada. Isso mostra um combate qualificado e efetivo as grandes organizações criminosas distribuidoras de cocaína.
Altair Tavares: Como é a articulação entre as forças para compartilhamento de informações e chegar até esses traficantes?
É todo um trabalho de inteligência, monitoramento, pesquisa de campo, troca de informações, intercâmbio com outros policiais de outros Estados. Então, é todo mundo junto configurando fazendo a análise e o cruzamento de informações para que a coisa aconteça. As vezes uma polícia está mais adiantada e passa uma informação para a outra e nós vamos juntando os quebra-cabeças até montar.
Altair Tavares: Essa política de levar a droga daqui para ir de navio para a Europa como era articulada?
Segundo a ONU cerca de 200 milhões de pessoas usam drogas no ano pelo menos uma vez. Então, isso é um consumo imenso, então, grandes redes de produção de cocaína nos três países que o Brasil faz limite e outras redes de distribuição. Na Colômbia, no Peru e na Bolívia que está os três maiores produtores mundiais de cocaína. Porém, aqui no nosso Estado nós temos sim a competência e a legitimidade para agir e estamos agindo. Então, essas células de distribuição usam alguns Estados como entreposto. A droga vem de outro país chega aqui no Estado de Goiás e daqui segue para algum aeroporto para serem exportadas para outros países, então estamos de olho nisso. Esse grupo desmontado hoje, é um grupo de distribuição internacional de cocaína.