A Polícia Civil de Goiás (PCGO) autuou em flagrante, nesta quarta-feira (10), o gerente e um funcionário de uma clínica de reabilitação particular, em Abadia de Goiás, após constatar a prática de crimes contra pacientes que eram mantidos internados à força. A ação contou com o apoio da Vigilância Sanitária municipal e da Secretaria de Assistência Social do município.
A investigação começou há cerca de 20 dias, quando um dos internos procurou a delegacia e denunciou ter sido sequestrado por monitores da clínica, sem qualquer consentimento ou ordem médica. A vítima relatou que foi agredida ao tentar fugir.
Com base na denúncia, a PCGO obteve mandado judicial de busca e apreensão, cumprido durante a operação que desmantelou o esquema. No local, as equipes confirmaram que os internos eram recolhidos sem avaliação médica ou autorização legal para internação compulsória.
“Simplesmente a família pagava e, sem eles checarem sequer se a pessoa era dependente químico, ou se era caso de internação compulsória, apenas chegavam lá e recolhiam as pessoas”, afirmou o delegado André Veloso, responsável pela investigação.
A clínica não possuía documentação que autorizasse o funcionamento adequado. Diante da irregularidade, a Vigilância Sanitária interditou o espaço, proibiu o recebimento de novos pacientes e determinou a regularização dos documentos. Já os internos foram encaminhados para acompanhamento da Assistência Social.
Os responsáveis devem responder pelos crimes de sequestro e maus-tratos.
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