A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), via Grupo de Repressão a Roubos (GRR), deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Césio 171, que resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão domiciliares e cinco mandados de prisão temporária na Região Metropolitana de Goiânia. Entre os alvos estão advogados, um médico e um engenheiro, investigados pelos crimes de estelionato contra ente público, associação criminosa e falsidade ideológica.
De acordo com as investigações, o prejuízo estimado chega a R$ 79 milhões, com dano efetivo já apurado em cerca de R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. A operação contou com o apoio da Gerência de Ações Estratégicas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
Esta é a segunda fase da investigação, que apura a atuação de um grupo criminoso responsável por falsificar documentos, laudos e relatórios médicos para embasar ações judiciais fraudulentas. O esquema consistia em protocolar processos em nome de militares estaduais, alegando suposta exposição ao elemento radioativo Césio-137, envolvido no maior acidente radiológico mundial ocorrido fora de uma usina nuclear, em Goiânia, na década de 1980.
Segundo a Polícia Civil, os investigados se aproveitavam da gravidade do episódio histórico e da comoção social gerada pelo desastre para obter isenção indevida de imposto de renda e outros benefícios financeiros.
As apurações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e mapear o fluxo de valores desviados. A corporação informou ainda que novas fases da operação não estão descartadas.
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