22 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 01:34

Polícia avalia tratar incêndio em Londres como homicídio culposo

A polícia britânica anunciou nesta sexta-feira (23) que as autoridades avaliam tratar como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) o incêndio da semana passada em um prédio residencial em Londres, que deixou ao menos 79 mortos.

Além disso, a polícia disse que as chamas começaram em uma geladeira da marca Hotpoint e que as amostras do revestimento externo coletadas do prédio falharam em todos os testes de segurança.

“Nós temos agora provas de que o fogo não foi iniciado deliberadamente”, disse a superintendente da polícia, Fiona McCormack.

O governo britânico ordenou uma análise técnica imediata do modelo de refrigerador Hotpoint, fabricado entre 2006 e 2009, para determinar se medidas adicionais precisam ser tomadas, mas disse que não havia necessidade de os proprietários desligarem seus aparelhos.

A polícia também afirmou que tanto o isolamento como os azulejos do revestimento do prédio não passaram nos testes de segurança realizados após o incêndio.

“Exames preliminares mostraram que as amostras de isolamento coletadas da torre Grenfell entraram em combustão logo após o início do teste”, disse McCormack.

Ao falar sobre o número de vítimas da tragédia, McCormack disse: “Temo que haja mais”. O número de 79 mortos é uma estimativa da polícia juntando o total de corpos encontrados e de desaparecidos.

Sobre as acusações com relação ao caso, a polícia disse estar “considerando homicídio culposo, bem como crimes de violações de legislação e de regulamentos”.

Na véspera, a primeira-ministra Theresa May afirmou que testes realizados após a tragédia apontaram que cerca de 600 prédios britânicos têm revestimento inflamável similar ao da torre Grenfell.

O incêndio de 14 de junho, o pior do Reino Unido desde a Segunda Guerra, aumentou a pressão sobre May, que luta por sua sobrevivência política depois que seu partido perdeu sua maioria parlamentar na eleição do dia 8 de junho. (Folhapress)

Leia mais:

 

 

 


Leia mais sobre: Mundo