A Operação Terra Fraca, deflagrada na manhã desta terça-feira (15) pela Polícia Civil, investiga um suposto desvio de R$ 46 milhões em um contrato da antiga Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) para obras da rodovia GO-230, entre Mimoso e Água Fria de Goiás, durante o governo de José Eliton.
A investigação está a cargo da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). O delegado Luiz Gonzaga Júnior aponta que houve envolvimento de empresas privadas, servidores da Agetop e também do núcleo político e financeiro que gerenciava os contratos da agência.
Assim eles garantiam tanto os pagamentos, quanto a operacionalização de lavagem de dinheiro. “O núcleo político garantia os pagamentos das medições realizadas e o núcleo financeiro girava esse dinheiro do grupo de forma a transparecer um caráter lícito, configurando a figura de lavagem de dinheiro”, disse o delegado.
A Polícia Civil, seguindo a Lei de Abuso de Autoridade, não divulgou o nome dos investigados. “O que podemos afirmar, com base nos indícios já apresentados até o momento, é que havia os núcleos que davam todo o sustentáculo para a execução e atuação dessa organização criminosa”, destacou em entrevista coletiva.
A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão. Sete empresas e sete pessoas físicas são alvos da investigação. Os crimes apurados são de peculato, organização criminosa, superfaturamento de obra e lavagem de capitais.
