O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), o prefeito de Hidrolândia Paulo Sérgio Rezende (PSDB), afirmou neste sábado que a decisão dos prefeitos do PMDB de trocar o partido por legendas da base de apoio do governador Marconi Perillo é resultado “da absoluta falta de diálogo” das lideranças peemedebistas com seus filiados e da “persistência de uma visão coronelista da política”.
“O PMDB perdeu os prefeitos porque não superou a visão coronelista da política, que persiste após cinco derrotas consecutivas para o Governo de Goiás”, disse Paulinho.
“Prevalece no PMDB uma visão do atraso. Havia a expectativa de renovação com o ingresso do deputado federal Daniel Vilela no comando do partido, mas ele se revelou um jovem coronel, que continua reproduzindo a visão atrasada de partido que marcou as sucessivas derrotas para o governador Marconi Perillo desde 1998”, disse.
“Ao mesmo tempo, o governador Marconi faz uma gestão alegre, otimista, voltada para o crescimento, baseada na parceria com todos os prefeitos. Os prefeitos querem participar desse processo, e para isso pediram permissão para suas comunidades”, disse o presidente da AGM.
O presidente da entidade criticou duramente a “reação autoritária” do comando do PMDB a saída dos prefeitos. Afirma que “manifesta seu repúdio contra essas manifestações de ódio e autoritarismo e exercer a defesa desses prefeitos, que agiram eminentemente de acordo com suas convicções, segundo o programa de trabalho que pactuaram com seus representados”.
Paulinho diz ainda que, como presidente da AGM “não vai tolerar as acusações e as ameaças por parte de dirigentes partidários incapazes de promover o debate interno de propostas e optam pelo coronelismo partidário, banido de nosso Estado”. Ele disse que “Goiás é um Estado democrático, sintonizado com moderna política brasileira e, felizmente, é governo por uma coalizão de legendas que respeita os limites da convivência política”.
“O Brasil tem uma democracia consolidada. Os prefeitos são lideranças que representam suas comunidades, são os líderes políticos que, ao lado dos vereadores, estão mais próximos dos cidadãos, ouvindo suas demandas, identificando os anseios, especialmente das comunidades mais pobres. Por isso, merecem ser respeitados em sua decisões, certamente embasadas e discutidas junto com a comunidade”, disse o presidente da AGM.
“Não há dúvida que, entre a política partidária e do rancor, felizmente restrita a um pequeno grupo em Goiás, e a uma agenda de realizações, propositiva, de parceria e realização, os prefeitos preferem a segunda alternativa, porque é esta que o cidadão busca. A população quer resultado, que as diferenças políticas sejam deixadas de lado em prol do crescimento, do emprego e da renda”, disse.
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