Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta quarta-feira que seu partido, o PMDB, “não tem nenhum interesse” em indicar o substituto de Cid Gomes (Pros) no ministério da Educação. Cid foi demitido hoje do cargo após participar de uma comissão geral no Plenário da Casa, convocada para que ele desse explicações sobre sua declaração de que haveria entre os deputados “300 ou 400 achacadores”.
“Não é da nossa alçada, não é da nossa conta. A presidente escolhe quem entender que é melhor para ocupar o cargo”, afirmou o presidente da Câmara. Questionado sobre quem seria o próximo ministro da pasta, Cunha fez uma brincadeira: “O próximo a cair ou a ser nomeado?” Na reunião de hoje, Cid acusou Cunha de estar entre os achacadores, bateu boca com o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) – que o chamou de “palhaço” – e deixou o prédio do Legislativo. Instantes depois o Palácio do Planalto comunicou a saída do ex-governador do Ceará.
De acordo com Cunha, Cid se mostrou “desqualificado” para o cargo e o governo “agiu bem” ao demiti-lo. “No momento em que um representante do Executivo vem para cá para agredir o Poder Legislativo, não poderia ter outro destino”, disse o peemedebista. Outro desfecho levaria a uma consequência “desastrosa”. “Seria a perda da harmonia entre os Poderes. Isso não pode ter acontecido do jeito que aconteceu”.
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