Desde o dia 15 de dezembro, criou-se uma expectativa de que a nova direção do PMDB pudesse apontar outros e novos caminhos para o Partido. A Convenção que fez a mudança, teve de tudo que uma reunião partidária deve ter. Até soluções e arrepios.
Mas, até que ponto o PMDB está estruturado para a nova realidade? Até que ponto está organizado para fazer o que foi apontado nos discursos da convenção?
Diante do casal Iris (Rezende e Araújo), prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, o novo presidente do PMDB, Samuel Belchior, foi aplaudido e aclamado.
Com ou sem o poder na mão, Iris Rezende Machado, fez discurso, emocionou-se e chamou o PMDB para o desafio de recuperar o poder. Dona Iris, por sua vez, foi dura, convocou o partido para a oposição e para fazer o que ela considera o papel de fato da agremiação.
O fato interessante é que o PMDB trocou o comando, mas não o comandante, Iris continua influenciando fortemente dentro da sigla. Deu aval à indicação de Samuel Belchior e, pelo discurso que fez na convenção, parece demonstrar disposição para renovar não só a direção regional do Partido, mas pelos diretórios municipais Goiás afora. Ou adentro.
Os discursos apontam o caminho, mas a principal tarefa da nova direção do PMDB é organizar a estrutura. É fato conhecido que o partido está, há muito tempo, sem receber dinheiro do fundo partidário. Convenhamos, não há estrutura sem finanças organizadas. No começo de 2013, esta fonte deve recurso será retomada em janeiro.
Quem ou de onde vai sair a base financeira para dar suporte para organização de reuniões e viagens prometidas nos discursos durante a convenção?
Qual a fonte para estruturar ações de comunicação?
Se o Partido quer renovar, é bom seguir o manual na estruturação do planejamento.
Até agora, isso não apareceu.
Leia mais sobre: Josiane Coutinho