O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB, foto) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras por 19 votos a 10. Vital do Rêgo, escolhido pelo governo pelo critério da proporcionalidade, também é o presidente da CPI do Senado. O senador Gim Argelo (PTB-DF) foi eleito vice-presidente do colegiado com 18 votos a 11. Vital do Rêgo nomeou o deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara de 2011 a 2012, como relator do colegiado.
O deputado Enio Bacci (PDT-RS) se candidatou de forma avulsa à presidência, recebeu o apoio da
oposição, mas não foi eleito. “Uma CPMI tem compromisso. Indico a mim mesmo, em nome da verdade e da isenção”, disse. O líder do SD, deputado Fernando Francischini (PR), foi o candidato a vice da chapa. Ao total, 29 dos 32 parlamentares da CPI Mista participaram da eleição.
Compartilhar comando
O senador Alvaro Dias (PSDB-SP) reclamou do que ele chamou de “quebra de tradição” por não haver um comando compartilhado da CPI entre governo e oposição. “Quando se quebra uma tradição desta natureza, indica-se o desejo de impedir investigações que cheguem a conclusões objetivas, cumprindo o objetivo de uma CPI”, afirmou.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) rebateu a crítica. “Hoje quem diz que é uma tradição usa de má-fé e falta com a verdade. Todos que aqui estamos, estamos pelo critério da proporcionalidade”, disse a senadora. Segundo ela, houve várias CPIs quando o tucano Fernando Henrique Cardoso era presidente da República, sem comando compartilhado.
A eleição foi conduzida pelo senador João Alberto de Souza (PMDB-MA), parlamentar mais idoso indicado para compor a comissão.
Com informações da Câmara dos Deputados.
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