O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na penitenciária da Papuda, deve pedir afastamento do PMDB nesta quarta-feira (13). A tendência é que a solicitação seja aceita pela cúpula do partido em reunião da Executiva nacional da sigla no mesmo dia.
Geddel pedirá licença de suas funções como primeiro-secretário da direção nacional do PMDB e da presidência regional da legenda na Bahia.
A solicitação foi costurada com dirigentes do partido, em uma tentativa de isolar a crise aberta pela prisão do ex-ministro e amenizar a contaminação do presidente Michel Temer pelo episódio.
Trata-se de uma decisão simbólica. Na prática, Geddel já não participa de nenhuma função partidária desde que foi preso, na sexta-feira (8), depois que a Polícia Federal encontrou um “bunker” em que estavam guardados R$ 51 milhões em dinheiro, atribuídos ao peemedebista.
Em relatório, a PF afirma que parte desse valor tem relação com um esquema de corrupção que beneficiou o grupo do PMDB da Câmara -em que são investigados Temer, ministros e ex-deputados.
Desde que o dinheiro atribuído a Geddel foi encontrado, os principais integrantes do PMDB evitaram defendê-lo e afirmam que ele deve responder sozinho às acusações de que é alvo.
O presidente peemedebista, senador Romero Jucá (RR), afirmou na semana passada que cada filiado envolvido em denúncias tem que se explicar individualmente.
“A questão de qualquer denúncia sobre qualquer filiado deve ser explicada pelo filiado. Não conheço a situação do ex-ministro Geddel. Acho que quem tem que explicar é a Polícia Federal e, eventualmente, se ele tiver algum tipo de relação, ele também deve explicar”, afirmou.
Eliseu Padilha seguiu a mesma linha naquela ocasião. “Nós temos questões que são pessoais, e que não cabe ao partido responder. Penso que cada um responde pelos seus atos.”
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