05 de setembro de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:53

PMDB: Deputado acusa que foi agredido e denuncia “atitude suspeita”

Em nota divulgada nesta quinta, 28, o deputado estadual Paulo César Martins (PMDB), acrescentou outras informações sobre a confusão do dia anterior na sede do partido. O deputado foi acusado de tentar impedir que o presidente da Juventude do partido, Pablo Rezende, e o filiado Vitor Hipólito, conseguissem cópias de documentos da formação dos diretórios municipais.

O deputado afirmou que quando “começou então a discussão. Eram 4 deles, que começaram a gritar e uma das pessoas pegou uma cadeira e partiu para cima de mim. Quando ele levantou a cadeira, vi que escondia documentos dentro da calça”.

“Fui agredido com chutes, ponta pés e empurrões. A discussão se acirrou e meu segurança, ouvindo o tumulto, chegou na sala e se deparou com os quatro me agredindo. No exercício da sua função, ele sacou então a arma e disparou um tiro para o alto, com o intuito de dispersar os agressores, como de fato aconteceu, ao cessar as agressões”, disse ele.

O deputado acusou Pablo Rezende e seus 3 colegas estariam retirando documentos de forma irregular com o intuito de promover uma fraude.

Abaixo, a íntegra do conteúdo da nota do deputado Paulo César Martins com a conclusão de que ele não pretende voltar ao assunto.


Nota do deputado estadual Paulo Cezar Martins

Sobre o episódio lamentável ocorrido na noite de ontem, na sede do diretório do PMDB, gostaria de apresentar minha versão e esclarecer os fatos:

Fui avisado por volta de 18h30 que pessoas ligadas à chapa do candidato Nailton Oliveira estavam no diretório estadual do PMDB, depois do horário comercial, manuseando documentos originais referentes aos diretórios municipais sem nenhuma supervisão e autorização.

Cheguei no diretório por volta de 19 horas e verifiquei que estavam retirando documentos da sala, o que não é permitido. Uma das pessoas estava na ante-sala, sentada em cima de alguns documentos, numa tentativa de escondê-los, enquanto outro mexia no computador no sistema interno onde são registrados os diretórios municipais. Outros dois acompanhavam a ação.

Diante da atitude suspeita, argumentei que não poderiam levar os documentos originais. Essa é uma precaução básica, para evitar que fraudem ou sumam com algum documento – como de fato aconteceu, de acordo com o presidente da comissão provisória, e que motivou inclusive um boletim de ocorrência junto às autoridades competentes.

Insisti reiteradas vezes e por vários minutos, pedindo que suspendessem o manuseio dos documentos naquele momento. E retomassem no dia seguinte, em horário comercial com a devida autorização e supervisão dos responsáveis pelos documentos em manuseio. As respostas eram respondidas em tom de provocação, sarcasmos e deboche.

Eles se recusaram a parar e então tomei a atitude de puxar a tomada para desligar o computador. Começou então a discussão. Eram 4 deles, que começaram a gritar e uma das pessoas pegou uma cadeira e partiu para cima de mim. Quando ele levantou a cadeira, vi que escondia documentos dentro da calça.

Tomei a cadeira das mãos do agressor e o empurrei para traz no intuito de conte-lo. Nesse momento fui agredido com chutes, ponta pés e empurrões. A discussão se acirrou e meu segurança, ouvindo o tumulto, chegou na sala e se deparou com os quatro me agredindo. No exercício da sua função, ele sacou então a arma e disparou um tiro para o alto, com o intuito de dispersar os agressores, como de fato aconteceu, ao cessar as agressões.

Aproveito para destacar que o áudio divulgado pelos agressores mostra somente a parte que lhes interessa do ocorrido e não retrata toda a discussão com provocações, sarcasmos e deboches dirigidas a mim anteriormente. Esclarecidos os fatos, não voltarei a tratar deste tema publicamente. 

 


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