O subcomandante geral da Polícia Militar, Antônio Carlos Borges, explicou que não houve omissão de socorro ao fiscal de loja Ari José dos Reis, de 56 anos, atingido por um disparo de arma de fogo no tórax, durante tiroteio no estacionamento do Carrefour da Avenida T-9, em Goiânia. A PM ainda não adotará nenhum tipo de postura em relação ao militar envolvido no fato, até que o inquérito seja concluído por equipe da Delegacia de Investigações de Homicídios, da Polícia Civil.
De acordo com Antônio Carlos Borges, o helicóptero do GRAER foi acionado por conta do tiroteio. No entanto, ele explicou que não haveria condições de transportar uma pessoa gravemente ferida, como era o caso de Ari, já que o helicóptero não possuía todo o suporte necessário. Ele disse que o militar levado para o Hugo, pois o estado era menos grave.
“Inicialmente o Graer foi acionado tratando-se de uma ocorrência com tiroteio, Até o momento que o helicóptero chegou não se sabia o estado das vítimas. A questão de levar uma vítima mais grave dependeria de um suporte médico para fazer este transporte. Se o Ari era a pessoa lesionava mais gravemente o nosso helicóptero não é unidade de resgate. O policial militar estava numa situação mais estável. Não houve seleção por ser um policial militar. O helicóptero não seria apropriado para dar suporte ao senhor Ari”, explicou.
Providências
Questionado sobre as providências deste caso, o subcomandante geral argumentou que é prematuro tomar qualquer tipo de atitude até que se tenha a completa apuração dos fatos por parte da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios da Polícia Civil.
“Isso tudo depende da circunstância que houve. Foi uma ocorrência fora do horário de trabalho, é algo que poderia ocorrer com qualquer cidadão. A dinâmica do ocorrido ainda é prematura qualquer análise neste sentido. Nós vamos aguardar a conclusão do inquérito que é que vai dizer se a conduta do policial foi adequada ou se extrapolou. Em tese houve confronto. Em casos o uso foi de legitima defesa de qualquer um dois, até porque não sabemos ainda o que aconteceu. A ocorrência foi da área externa para a área interna”, destacou.
O subcomandante geral ainda disse que a corregedoria está buscando pontos preliminares, mas que será preciso aguardar a conclusões do inquérito para tomar as devidas providências. Antônio Carlos destacou que o militar envolvido no fato, é um cabo lotado no Comando de Ensino Militar.
Histórico
No início da tarde deste domingo (5), houve um tiroteio dentro do Hipermercado Carrefour da T-9. Segundo informações preliminares um Policial Militar de folga, cabo Bruno Carili Horbylon de 36 anos, teria começado a discutir com o segurança do estabelecimento, que também é guarda civil de Aparecida, Bruno da Silva Menezes.
Durante a troca de tiros, o fiscal de loja Ari José dos Reis, de 56 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O cliente Milton de Jesus Borges foi baleado na perna e não corre risco de morte. O PM, lotado no Comando de Ensino Policial Militar foi atingido em algumas partes do corpo e levado para o Hugo. O estado de saúde é estável.
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