Os policiais militares de Goiás têm os melhores salários pagos por governos estaduais do País, mostra levantamento feito pelo portal nacional de notícias G1, do Grupo Globo. O ranking feito pelo site aponta que os soldados de primeira classe, início da carreira, recebem R$ 4.570,59 na gestão do governador Marconi Perillo. No Distrito Federal e em Roraima, as remunerações dos PMs são pagas com recursos federais.
Em Roraima, ex-território da União, os salários dos policiais militares são pagos integralmente com recursos federais. No DF, o governo distrital tem aporte de recursos do governo federal por abrigar a capital do Brasil, Brasília. No ranking dos Estados que assumem integralmente o pagamento dos salários de seus policiais militares, caso de Goiás, Santa Catarina aparece em segundo lugar, com remuneração de R$ 4.520,24. O Estado do Espírito Santo, que vive profunda crise na Segurança Pública, paga o menor salário inicial, R$ 2.646,12.
Apesar da crise econômica nacional e das medidas de austeridade fiscal, Marconi mantém a política de valorização salarial e da carreira das polícias em Goiás. No ano passado, o governador reajustou os salários e promoveu policiais militares. Em setembro do ano passado, Marconi e o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, vice-governador José Eliton, anunciaram, para dezembro, a reposição de 12,33% para os policiais militares. Três meses antes, em agosto, o governador e o vice assinaram as promoções de 208 oficiais da PM.
Reposições de 12,33% foram pactuadas com corporação
Na solenidade de anúncio da reposição dos salários da Polícia Militar, a confirmação do cumprimento do acordo com a categoria foi feita em reunião com os dirigentes das entidades que representam os trabalhadores. O reajuste havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa em 28 de abril de 2014, com previsão de dispêndios sempre no mês de dezembro: 18,50% (2014); 12,33% (2015); 12,33% (2016) e 12,33% (2017).
Os valores relativos a 2015, pior ano da crise econômica nacional, foram negociados para serem quitados em 2018, em razão da crise. O compromisso com a retomada do cronograma proposto foi reafirmado na reunião. Marconi ressaltou que o cumprimento do acordo é reflexo do ajuste fiscal.
“Se não tivéssemos feito o que propusemos no ano passado, estaríamos desmoralizados hoje. Não estaríamos pagando salários e não poderíamos dar aumento”, afirmou. Ele citou, ainda, estados que não se planejaram e enfrentam dificuldades para arcar com despesas básicas e agradeceu a compreensão dos servidores.
Na ocasião, conforme registrou a imprensa, os dirigentes das associações representativas dos servidores do setor destacaram o empenho do governo em cumprir o acordo, viabilizando o reajuste de 12,33% neste ano. Para a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), delegada Silvana Nunes, a decisão “representa o reconhecimento do estado no que se refere ao compromisso e trabalho que os policiais e delegados têm para com a sociedade”.
“Promoções são resultado do compromisso da PM com a segurança de Goiás”, afirma Marconi
Na solenidade que marcou as promoções, em agosto, Marconi ressaltou que a decisão retratou o compromisso e o respeito que a Polícia Militar sempre recebeu dele. O governador ressaltou o respaldo da corporação ao destacar que as promoções ocorrem em meio a uma forte crise econômica nacional. Explicou que foi possível concedê-las com muito esforço do governo estadual e graças ao rigoroso ajuste fiscal que começou no início de 2015 e perdura até hoje.
“O secretário de Segurança Pública, vice-governador José Eliton, e eu estudamos muito tudo o que poderia ser feito. Essas promoções refletem tudo o que o senhores e senhoras fizeram pela população goiana ao longo de suas carreiras com denodo, no combate, na operacionalidade, deixando suas famílias sem saber se iriam voltar”, afirmou.
Marconi ressalvou que a Polícia Militar soube compreender e apoiar o governo estadual no momento mais difícil da crise, que foi em 2015. “Entenderam a necessidade que o governo tinha de prorrogar o parcelamento do aumento em um ano, para que nós pudéssemos ter fôlego para organizar as finanças; estabelecer o equilíbrio depois de 4% de PIB negativo, de R$ 3 bilhões de queda de receita por conta da crise”, disse, ressaltando que com as contas equilibradas foi possível ao governo, agora, conceder as promoções.
“Levo muito em consideração o fato de que o vice-governador aceitou o desafio de chefiá-los, no caminho de devolver a segurança pretendida pela população. E ao comandante-geral da PM, coronel Divino Alves, pela forma séria e retilínea com que tem comandado a nossa corporação. Essas promoções demonstram, mais uma vez, o nosso apreço e respeito, como já demonstrei ao longo dos meus três outros mandatos”, enfatizou.
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