04 de dezembro de 2025
INICIATIVA • atualizado em 30/11/2025 às 18:16

Plinq: Plataforma criada após caso de feminicídio revela antecedentes criminais para proteger mulheres

Ferramenta idealizada por empreendedora faz varredura sigilosa e entrega relatório completo para prevenir violências
Plataforma faz relatório com dados de namorados, maridos, professores, médicos etc, em sigilo - Foto: reprodução redes sociais
Plataforma faz relatório com dados de namorados, maridos, professores, médicos etc, em sigilo - Foto: reprodução redes sociais

O feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada com 11 facadas pelo ex-noivo, em fevereiro de 2025, no Mato Grosso, foi um impulso para que a empreendedora de tecnologia Sabrine Matos deixasse a zona de conforto para usar sua mente criativa em uma plataforma de verificação de antecedentes criminais voltada à proteção de outras mulheres. Ela fundou a Plinq, um app que promete uma varredura completa dos dados da pessoa alvo da pesquisa.

A plataforma permite buscar antecedentes criminais de forma rápida e segura. A ideia foi aperfeiçoada após relatos de mulheres que revelavam padrões de violência que poderiam ter passado despercebidos, mas que no site fizeram a diferença. A própria Ricarte desconhecia o passado de abusos do noivo quando se envolveu com ele.

Simone Matos criou plataforma para ajudar mulheres no rastreamento dos antecedentes - Foto reprodução redes sociais
Simone Matos criou plataforma para ajudar mulheres no rastreamento dos antecedentes – Foto: reprodução /redes-sociais


“Relações de confiança começam com informação”, informa logo no início o app. A plataforma pede nome completo, data de nascimento e telefone do alvo e garante que os antecedentes criminais de médicos, parceiros, maridos, namorados, amigos, professores, entre outros tipos de relacionamento que a interessada desejar, serão revelados.

Alvo não fica sabendo da consulta

A plataforma promete uma varredura completa dos dados da pessoa alvo da pesquisa, “de forma automatizada e sigilosa”, ou seja, o alvo não saberá que foi investigado.

Na sequência, é feita a “análise de risco” com expedição de um relatório completo com antecedentes criminais, processos judiciais, por exemplo, listados pela inteligência artificial treinada para esse atendimento.

A empreendedora relatou em diversas entrevistas concedidas que a ideia de prevenir feminicídios através da informação sobre o passado dos relacionamentos veio com o sentimento de que “não dá para esperar mais”, após o impacto da morte da jornalista, uma jovem que trabalhava com informação, mas que não teve uma ferramenta tão prática para lhe ajudar.

“A Plink nasceu do medo que virou propósito”, relatou em entrevista ao Sem Censura, da apresentadora Cissa Guimarães, atriz e também jornalista. “A resposta não começa na tecnologia, começa na vida real”, reforçou Sabrine Matos.


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