Nesta terça-feira (9), o plenário da Câmara de Goiânia aprovou em segunda votação o projeto de lei (PL 398/2021) de autoria da vereadora Aava Santiago (PSDB), que visa garantir a humanização do parto com leitos separados em unidades de saúde públicas e privadas às mães de natimortos ou com óbito fetal. O projeto segue para sanção ou veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).
Segundo a parlamentar, as unidades de saúde devem adotar medidas simples para evitar o agravamento dos danos emocionais das pacientes. “Precisamos trabalhar empatia e solidariedade em relação a essas mulheres que, nesse momento profundamente traumático da perda de seus bebês, permanecem internadas nos mesmos quartos que mães com seus recém-nascidos”, argumentou Aava.
Segundo Aava, o cuidado que será oferecido por meio do projeto aprovado por unanimidade pode fazer com que as mães recuperem a saúde física e mental depois da tragédia. “É por isso que nós apresentamos essa matéria e a repercussão do projeto quando foi apresentado foi gigantesca, de milhares de mulheres no Brasil inteiro, contando que passaram por isso e que foi muito difícil superar o trauma”.
O óbito fetal, a perda gestacional, causa boa parte da depressão de mulheres e é muito, muito triste. Traumático passar por isso e ficar na mesma enfermaria que mãezinhas com suas crianças no colo.
Aava Santiago
E para amenizar traumas decorrentes da perda dos filhos, a matéria de humanização do parto também assegura acompanhamento psicológico para as mães, que poderão contar ainda com acompanhante durante o período de internação.
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