A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou para 0,16% em março deste ano. No mês de fevereiro, o índice foi de 0,83%. Apesar da queda, alguns itens tiveram alta, influenciando na taxa geral, com destaque para os planos de saúde, que aumentaram 0,77% e os alimentos, que atingiram crescente de 0,53%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os alimentos, categoria que alavancou a inflação em março, alguns itens tiveram destaque: a cebola teve aumento de 14,34% no mês, o tomate, 9,85% e a banana prata, 7,79%. O pesquisador do IBGE, André Almeida, explicou que o resultado é devido a questão histórica do aumento dos preços de alguns produtos no verão, por conta das altas temperaturas e altos índices de chuvas, que prejudicam as colheitas.
Ainda no segmento alimentício, dez itens tiveram as maiores altas de preços em março. Açaí (14,20%), alho (7,90%), mamão (6,40%), laranja pera (5,49%), ovo de galinha (4,59%), leite longa vida (2,63%) e refrigerante e água mineral (1,23%) completam a lista.
Apesar da alta, o grupo de alimentos e bebidas ainda teve um queda, comparado ao mês de fevereiro, quando foi registrado o índice de 0,95%. Já na área da saúde, os planos de saúde foram os que tiveram maior aumento (0,77%), referente ao reajuste anual autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Já o grupo saúde e cuidados pessoais teve inflação de 0,43%, resultado influenciado também pela alta dos produtos farmacêuticos (0,52%).
Alguns outros grupos também apresentaram quedas, como o de transportes, com deflação de 0,33%, comunicação, com queda de 0,13%, artigos de residência, com diminuição de 0,04%. Além destes, o item educação, que tinha sido o grande responsável pela inflação de fevereiro, com uma taxa de 4,98%, em março acusou uma taxa de apenas 0,14%, também contribuindo para a queda do IPCA. Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas de inflação: habitação (0,19%), vestuário (0,03%) e despesas pessoais (0,33%).
Com informações da Agência Brasil