O partido do presidente Jair Bolsonaro, PL, entrou nesta terça-feira (22/11) com um pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida pede a anulação de 250 mil urnas fabricadas antes do modelo de 2020.
Ao pedir a anulação dessas urnas, que representam 60% do universo eleitoral, o PL, conseguiria ‘no tapetão’ reverter o resultado das eleições no segundo turno dando a vitória ao presidente derrotado. O relatório foi apresentado pelo presidente do partido Valdemar Costa Neto, numa cartada golpista contra o resultado das urnas, que elegeram o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições.
“O resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 votos ao presidente Jair Messias Bolsonaro e 25.111.550 votos ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula”, afirma o relatório elaborado pelo Instituto Voto Legal.
De acordo com uma empresa privada contratada pelo PL, apenas a urna modelo UE2020 conferiria um voto “auditável”. Ainda que entidades como a OAB e diversas organizações internacionais tenham atestado o resultado e validado resultado das eleições.
Tão logo o questionamento foi feito, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que o PL apresentasse os dados também do primeiro turno das eleições em até 24 horas. “Ainda, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições”, pontua.
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