14 de outubro de 2024
Judiciário

PGR aciona STF para que Gustavo Gayer seja ouvido por fala preconceituosa sobre africanos

As declarações do parlamentar foram feitas durante entrevista para um podcast em 23 de junho
Na entrevista, Gustavo Gayer relacionou a existência de ditaduras em países da África a uma suposta falta de “capacidade cognitiva” da população. (Foto: reprodução)
Na entrevista, Gustavo Gayer relacionou a existência de ditaduras em países da África a uma suposta falta de “capacidade cognitiva” da população. (Foto: reprodução)

A Procuradoria Geral da República (PGR) determinou que o Supremo Tribunal Federal (STF) chame o deputado federal goiano Gustavo Gayer (PL) para depor a respeito de declarações discriminatórias que ele proferiu contra a população africana. O pedido, feito neste sábado (23), fez com que o parlamentar se tornou alvo de duas petições na Corte após questionar a ‘capacidade cognitiva’ de africanos e brasileiros.

As informações, divulgadas pelo Estadão e pelo Metrópoles, citaram os dois peticionamentos abertos pelo STF para apurar as acusações contra o parlamentar. O primeiro deles foi no dia 30 de junho, sob a relatoria da ministra Carmén Lúcia, e tem como requerentes as deputadas federais do PSOL Luciene Cavalcante (SP), Talíria Petrone (RJ), Célia Xakriabá (MG) e Erika Hilton (SP), todas do PSOL. O segundo foi aberto em 3 de julho.

Ainda segundo informações do Estadão, o PET tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso e, como requerentes, as deputadas federais Tabata Amaral (PSB-SP), Carol Dartora (PT-PR), Reginete Bispo (PT-RS), Camila Jara (PT-MS), Dandara Tonantzin (PT-MG) e Duda Salabert (PDT-MG), que, à época, acusou Gayer de racismo em suas redes sociais.

Vale lembrar que as declarações de Gustavo Gayer foram feitas durante entrevista para um podcast em 23 de junho. Na ocasião, o deputado relacionou a existência de ditaduras em países da África a uma suposta falta de “capacidade cognitiva” da população, e ainda disse que o “Brasil está emburrecido” e “segue o mesmo caminho das nações africanas”. As falas ocorreram logo depois de o apresentador do programa, Rodrigo Barbosa Arantes, comparar o QI da população da África com o de macacos. Ambos foram acusados de racismo e de discriminação contra a população africana


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