A farmacêutica americana Pfizer informou que espera lançar rapidamente sua vacina experimental contra a covid-19 em países da América Latina. O pedido de registro nas nações da região viria pouco depois de receber autorização de emergência nos Estados Unidos, segundo informou um executivo da empresa à Reuters.
Segundo o executivo, em dezembro já poderia haver o lançamento nos países latino-americanos. O chefe de assuntos científicos e médicos da divisão de vacinas da Pfizer para a América do Norte, Alejandro Cané, disse que o calendário da América Latina e de outras partes do mundo deve ser semelhante ao dos EUA.
“No início a ideia é ter a vacina autorizada nos Estados Unidos”, disse Cané à Reuters. “Estamos confiantes de que nas próximas semanas ou meses teremos a vacina em uso não só nos EUA e na Europa, mas também em países da América Latina,”, declarou.
A Pfizer solicitou esta semana aos reguladores de saúde dos EUA autorização para uso de emergência de sua vacina contra a covid-19, o primeiro pedido desse tipo, que marca um grande passo para fornecer proteção contra o vírus.
Cané afirmou, também, que a Pfizer tinha acordos de fornecimento no Chile, México e Peru e que havia várias outras conversas em andamento, inclusive na Argentina, onde o governo disse que poderia receber 750 mil doses da vacina até dezembro.
No Brasil, executivos da empresa propuseram ao governo federal na última terça-feira (17) a aquisição de milhões de doses para o primeiro semestre de 2021. Segundo a farmacêutica, a proposta foi feita “em linha com negócios” fechados pela empresa em outros países, inclusive na América Latina. O acordo, diz a empresa, “permitiria a vacinação de milhões de brasileiros no 1º semestre, sujeito à aprovação regulatória”.
O Ministério da Saúde confirmou a reunião e disse que pode comprar a vacina caso haja aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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