A Polícia Federal (PF) quer instalar um aplicativo especial, que permite a cópia de todos os dados do aparelho celular, nos aparelhos de pessoas investigadas e que estejam com os telefones grampeados com autorização judicial.
Atualmente, as informações disponibilizadas pelas operadoras de telefonia são mensagens SMS e ligações de voz que passam por suas redes. A intenção da PF é ampliar o acesso às informações armazenadas nos aparelhos.
Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, as empresas de telefonia argumentam que não têm acesso a mensagens e dados transmitidos por aplicativos que suam a internet, como o Whatsapp. No caso dos smartphones, há vários outros tipos de informações que não são repassadas.
As empresas vêm apresentando resistência quanto ao aplicativo. Além de um custo adicional, elas temem complicações jurídicas com a implantação do sistema. O envio das informações copiadas nos aparelhos grampeados consumiria parte do pacote de dados contratado e pago pela pessoa investigad, com isso, caberia à polícia ou à operadora arcar com os custos de ampliar o plano de dados do aparelho para viabilizar a espionagem.
A Polícia Federal quer obter além de dados básicos, como listas de contatos da agenda, ligações feitas e recebidas e mensagens de texto, tudo o que o usuário digitar no aparelho, até mesmo senhas.
Os aplicativos, produzidos por empresas israelenses, americanas e indianas, capturam mensagens enviadas pelo Whatsapp, todos os e-mails arquivados, lidos e enviados, comentários publicados nas redes sociais, ligações feitas por Skype ou Viber, vídeos e fotografias.
Os programas podem ser instalados sem que o dono do aparelho perceba, e são apelidados de “cavalo de Tróia” para celulares, por se aproveitarem do acesso dado a um aplicativo ou arquivo bem-vindo.
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