12 de setembro de 2024
Operação Passe Livre

PF prende estudante de medicina suspeito de fazer o Enem para outras pessoas

Jovem é suspeito de ter feito provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022 e 2023 de ao menos duas pessoas
O suspeito estava sendo investigado pela operação 'Passe Livre', deflagrada dia 16 de fevereiro deste ano. (Foto: Divulgação/PF).
O suspeito estava sendo investigado pela operação 'Passe Livre', deflagrada dia 16 de fevereiro deste ano. (Foto: Divulgação/PF).

Um estudante do curso de Medicina foi preso pela Polícia Federal nesta última sexta-feira (29), em Belém (PA). O jovem é suspeito de ter feito provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022 e 2023 de ao menos duas pessoas que, com base na nota no Enem obtida com a fraude, foram aprovadas em medicina pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) em Marabá sem terem feito a prova.

O jovem estava sendo investigado pela operação ‘Passe Livre’, deflagrada dia 16 de fevereiro deste ano, e foi preso na casa de parentes na capital paraense. Ele foi preso preventivamente por falsidade ideológica e uso de documento falso, além de estelionato com causa de aumento de pena (por ter sido praticado contra autarquia).

Durante as investigações, a Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos durante a prova. A suspeita da PF é de que o acusado usou documentos falsos para passar pela inspeção. Em fevereiro, celulares e provas do Enem de 2019 a 2023 foram apreendidas nas casas dos suspeitos.

Conforme a PF, o suspeito teria recebido R$ 150 mil para realizar provas, de forma parcelada. Em suas redes sociais, ele mencionou em uma publicação que tinha recebido um Pix de valor alto.

Enem 2023 teve imagens vazadas

No segundo dia do Enem de 2023, a PF precisou intensificar o monitoramento após a divulgação de imagens dos Cadernos de Questões do exame. O objetivo da intensificação era coibir irregularidades e garantir a integridade.

As imagens divulgadas foram detectadas por meio de monitoramento do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que acionaram a PF para investigar. Com isso, foram identificadas pessoas que cometeram as irregularidades em Caruaru (PE), Natal (RN), Cornélio Procópio (PR) e Brasília (DF).


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