A Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério da Previdência Social, realizou nesta terça-feira (5) nas cidades de Goianápolis, Trindade e Abadia de Goiás, a Operação Gatunos que prendeu quatro suspeitos de fraudes em benefícios de prestação continuada para idosos (BPC-LOAS). Segundo a PF, os idosos e estelionatários investigados causaram um prejuízo de quase R$ 1,5 milhão ao Governo Federal.
Os agentes cumpriram 13 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Anápolis/GO, sendo 4 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, nas três cidades, além do sequestro de bens de investigados.
Conforme divulgado pela PF, a rede criminosa era integrada por idosos e falsificadores de documentos que estariam obtendo benefícios assistenciais irregulares por meio de fraudes documentais, cujos beneficiários tinham suas situações de vulnerabilidade social simuladas.
As investigações da PF e do ministério apontaram que os suspeitos de fraude causaram o prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 1,4 milhão, “podendo ter ocasionado prejuízos superiores a R$ 2 milhões caso não fossem cessadas imediatamente suas atividades criminosas”, explicou a corporação em nota.
A operação contou com a participação de 42 policiais federais e seis servidores da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP). Recebeu o nome de Gatunos em alusão àqueles que se valem de meios ilegais para ganhar dinheiro.
Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante suspeita de posse ilegal de arma de fogo, e a polícia apreendeu R$ 40 mil em cheques.
Conforme divulgou o Ministério da Previdência Social, a investigação começou a partir de um levantamento que indicou que indivíduos com benefícios cessados ou suspensos, em virtude de uma força-tarefa previdenciária de 2014 (Operação Caverna de Platão), estavam pedindo e tendo acesso a novos benefícios com o mesmo nome e em alguns casos com fotos diferentes.