09 de dezembro de 2024
OPERAÇÃO GATUNOS

PF prende em Goiás 4 suspeitos de fraudes que lesaram BPC de idosos em quase R$ 1,5 milhão

Rede criminosa envolvia idosos em Goianápolis, Trindade e Abadia; uma pessoa foi presa suspeita de posse ilegal de arma de fogo; R$ 40 mil em cheques foram apreendidos
Documentos e cartões do BPC apreendidos na operação - Foto: divulgação / Ministério da Previdência
Documentos e cartões do BPC apreendidos na operação - Foto: divulgação / Ministério da Previdência

A Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério da Previdência Social, realizou nesta terça-feira (5) nas cidades de Goianápolis, Trindade e Abadia de Goiás, a Operação Gatunos que prendeu quatro suspeitos de fraudes em benefícios de prestação continuada para idosos (BPC-LOAS). Segundo a PF, os idosos e estelionatários investigados causaram um prejuízo de quase R$ 1,5 milhão ao Governo Federal.

Os agentes cumpriram 13 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Anápolis/GO, sendo 4 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, nas três cidades, além do sequestro de bens de investigados.

Conforme divulgado pela PF, a rede criminosa era integrada por idosos e falsificadores de documentos que estariam obtendo benefícios assistenciais irregulares por meio de fraudes documentais, cujos beneficiários tinham suas situações de vulnerabilidade social simuladas.

Prejuízo grande

As investigações da PF e do ministério apontaram que os suspeitos de fraude causaram o prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 1,4 milhão, “podendo ter ocasionado prejuízos superiores a R$ 2 milhões caso não fossem cessadas imediatamente suas atividades criminosas”, explicou a corporação em nota.

A operação contou com a participação de 42 policiais federais e seis servidores da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP). Recebeu o nome de Gatunos em alusão àqueles que se valem de meios ilegais para ganhar dinheiro.

Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante suspeita de posse ilegal de arma de fogo, e a polícia apreendeu R$ 40 mil em cheques.

Conforme divulgou o Ministério da Previdência Social, a investigação começou a partir de um levantamento que indicou que indivíduos com benefícios cessados ou suspensos, em virtude de uma força-tarefa previdenciária de 2014 (Operação Caverna de Platão), estavam pedindo e tendo acesso a novos benefícios com o mesmo nome e em alguns casos com fotos diferentes.


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