22 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:19

PF faz operação para desmontar plano de morte contra agentes federais

Cela de presídio federal de Catanduvas (SP), com 6m², tem cama,
Cela de presídio federal de Catanduvas (SP), com 6m², tem cama,

A Polícia Federal faz, nesta quarta-feira (19), uma operação para desarticular um esquema que pretendia matar agentes públicos que atuam nas penitenciárias federais do país.

Segundo as investigações, a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) planejava matar os agentes em resposta à “opressão” pela qual seus integrantes passam dentro das unidades. O desconforto é, na verdade, a aplicação do regime disciplinar diferenciado, que é mais rígido e legalmente imposto a quem está preso nas penitenciárias federais.

Nas unidades federais, o preso passa 22 horas na cela, recebe poucas visitas ao longo do ano e é mais monitorado.

Cerca de 30 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão, sendo quatro no Rio de Janeiro e os demais em São Paulo. A PF também está à procura de outros cinco suspeitos -um em Mossoró (RN) e outros quatro em São Paulo. Ainda há um mandado a ser cumprido de condução coercitiva no Rio de Janeiro.

ASSASSINATOS

De acordo com a PF, a facção criminosa PCC é responsável pelas mortes de dois agentes penitenciários federais em menos de um ano. A primeira vítima, Alex Belarmino Almeida Silva morreu em setembro de 2016, em Cascavel (PR).

O segundo agente morto foi Henry Charles Gama Filho, em abril deste ano na cidade de Mossoró.

Durante as investigações sobre o homicídio de Alex Berlarmino, a polícia descobriu que a facção criminosa planejava matar, ao menos, dois agentes públicos por unidade prisional federal.

Já em relação à morte de Henry Filho, a polícia apurou que a execução havia sido planejada havia dois anos na cidade de São Paulo e foi arquitetada por integrantes do PCC com o auxílio de informações de pessoas próximas à vítima.

A apuração da PF mostrou que os agentes escolhidos para morrer eram os que a facção tinha mais informação sobre a vida pessoas e os considerados mais vulneráveis. Isso tornava o plano mais preciso, sem deixar rastro de quem cometeu o crime.

As ações da operação Força e União estão centralizadas em Mossoró, onde também há uma unidade prisional federal de segurança máxima.

O país conta com mais três unidades federais, que estão em Campo Grande (MS), Catanduvas (SP) e em Porto Velho (RO).

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